quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O passaporte já deveria estar retido!



Um deles chegou a sumir – e desde julho, antes mesmo que o Supremo Tribunal Federal o condenasse, em decisão unânime, por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.
O ex-vice-presidente de marketing do Banco do Brasil (ninguém menos) Henrique Pizzolato está sujeito a uma pena mínima de 12 anos prisão.
Mas viajou tranquilamente, passou pelo controle de passaportes da Polícia Federal — e só tornou a aparecer em público no domingo passado, quando a imprensa registrou seu comparecimento para votar no Rio.
Há versões segundo as quais Pizzolato, tal como outro foragido ilustre, o banqueiro Salvatore Cacciola, tem dupla nacionalidade — italiana e brasileira. Seu advogado disse, dias atrás, que o cliente se encontrava “na Europa”. Temeu-se, então, que o ex-vice-presidente do BB pudesse haver-se evaporado para livrar-se da cadeia.
Quando é que os ministros do Supremo vão mandar apreender os passaportes de todos os réus?
Nós, brasileiros, não precisamos passar pelo vexame e pela vergonha de, após sete anos de tramitação, um processo tão importante ser julgado — mas os condenados sumirem do mapa.

De Ricardo Satti, VEJA

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