sexta-feira, 1 de março de 2013

Conclave pode começar 11 de março, diz imprensa italiana


VATICANO - O conclave que irá escolher o próximo líder da Igreja Católica deve começar no dia 11 de março, dizem jornais italianos. A especulação ganhou força após o Vaticano confirmar que as reuniões preparatórias para a votação serão iniciadas às 9h30m do dia 4 de março. No entanto, segundo o porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi, há um protocolo a ser cumprido e a data oficial não deve ser marcada logo na primeira reunião dos religiosos.

Na quinta-feira, o Vaticano confirmou que a primeira congregação acontecerá no dia 4 de março. A partir dessa data, a Santa Sé poderá anunciar a qualquer momento quando será o início das votações que irão escolher o próximo Sumo Pontífice.

Logo depois, o monsenhor Claudio Celli, presidente do Pontifício Conselho de Comunicações Sociais e presidente da Filmoteca Vaticana, levantou a hipótese de que o início do conclave se daria no dia 11. Celli disse que essa próxima semana provavelmente será dedicada inteiramente às congregações gerais - as reuniões dos cardeais.

Após o fim de seu papado - às 20h da noite de quinta-feira - Bento XVI passou suas primeiras horas lendo, rezando e vendo TV, segundo um comunicado de seu secretário monsenhor Georg Gaenswein. De acordo com o relatório, o Papa Emérito jantou tranquilamente na noite de ontem, saiu para uma caminhada e assistiu a um pouco de TV.

Hoje, ele se levantou, fez sua tradicional oração e tomou café da manhã. Para Gaenswein, Bento XVI ficou mais tranquilo após anunciar sua renúncia em meados de fevereiro, já que o religioso voltou a tocar piano nos últimos dias.

Os próximos dias

As congregações de cardeais vão durar até que seja atingido o número total de cardeais eleitores. Só então, a Cúpula da Igreja vai decidir oficialmente que dia irá começar o conclave.
Depois que Bento XVI deixou de ser o Papa, o cardeal camerlengo, Tarcisio Bertone, fechou as portas do apartamento do Pontífice e assumiu a liderança administrativa da Igreja até que um novo Papa seja escolhido.

O período em que a Igreja passa sem um Sumo Pontífice chama-se Sé Vacante, tempo entre a morte de um Papa, ou sua renúncia, até o fim do conclave. Neste momento, a maior parte dos cardeais se concentra no despacho de assuntos mais urgentes, assim como na preparação da eleição do próximo líder da Igreja Católica.

Se formam, então, duas classes de congregações: uma geral, integrada por todo o Colégio e que tomará conta dos assuntos mais importantes; e outra particular, integrada pelo camerlengo e por três cardeais escolhidos por sorteio, que se ocuparão de assuntos mais comuns, de acordo com a Constituição Apostólica 'Universi Domini Gregis'.

Nas reuniões, os cardeais devem jurar comprometimento com as disposições da Constituição Apostólica e de guardar segredo de todos os procedimentos.

"Prometemos, nos obrigamos e juramos, todos e cada um, a observar com exatidão e fidelidade as normas da Constituição Apostólica Universi Domini Gregis do Sumo Pontífice João Paulo II, e manter escrupulosamente o secreto sobre qualquer coisa que de algum modo tenha a ver com a eleição do Pontífice", lerá Sodano para todos os cardeais, que responderão: "Eu prometo, me obrigo e juro", com as mãos sobre a Bíblia.



De mundo, jornal O GLOBO

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