terça-feira, 16 de outubro de 2012

Após quebra, EUA passam o bastão da soja para o Brasil

Quebra de 40% na soja e 18% no milho foi pouco para um clima tão ruim, conta o agricultor Doug Frye (Christian Rizzi/Gazeta do Povo)

Agricultura brasileira deve exportar 47% da próxima safra, um volume recorde de 39 milhões de toneladas da oleaginosa. No milho, embarques serão recordes ainda neste ano.

Com a colheita de soja e milho na reta final, a quebra histórica na safra dos Estados Unidos coloca o Brasil como principal fornecedor de soja para o mundo. Por conta de uma exportação menor pela Argentina, que em condições normais seria suprida pelos norte-americanos, a agricultura brasileira também assume a vice-liderança no milho.
Em 2012 os embarques brasileiros do cereal devem superar 17 milhões de toneladas, com um crescimento de 85% sobre 2011. As vendas externas de soja em grão pelo Brasil devem fechar o ano com crescimento de quase 20%. Para 2013, as projeções apontam para um embarque ainda maior da oleaginosa, próximo de 39 milhões de toneladas.
Consolidada, a quebra de mais de 100 milhões de toneladas no maior produtor mundial (veja tabela abaixo) beneficia o Brasil, que se firma definitivamente como um dos principais players no mercado internacional de commodities agrícolas. Preocupados com o abastecimento do mercado interno por causa da oferta reduzida, os EUA devem diminuir consideravelmente os seus embarques de grãos no ciclo 2012/13.

De Luana Gomes, GAZETA DO POVO, PR

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