sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Cidade síria sofre ataques aéreos enquanto curdos preparam ofensiva


SURUÇ, Turquia/BAGDÁ (Reuters) - Ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos atingiram posições do Estado Islâmico nos arredores da cidade fronteiriça síria de Kobani nesta sexta-feira, uma aparente tentativa de abrir caminho para os bem-armados combatentes curdos iraquianos, conhecidos como peshmergas, avançarem a partir da vizinha Turquia.

A cidade predominantemente curda, sitiada há mais de 40 dias, tornou-se o foco de uma guerra global contra os insurgentes muçulmanos sunitas, que ocuparam vastas áreas do Iraque e da Síria e declararam um "califado" islâmico em territórios dos dois países.

Os combatentes mataram ou expulsaram muçulmanos xiitas, cristãos e outras comunidades que não partilham sua visão radical do islamismo sunita. Eles executaram pelo menos 220 sunitas iraquianos em retaliação a uma tribo que se opôs ao seu avanço sobre territórios a oeste da capital, Bagdá, nesta semana.

O cerco a Kobani se tornou um teste para a capacidade de a coalizão encabeçada pelos norte-americanos deter o avanço do Estado Islâmico, e até agora as semanas de bombardeios não romperam a resistência extremista...

De Humeyra Pamuk e Raheem Salman, REUTERS BRASIL

UE abre processo na OMC contra política industrial do Brasil


GENEBRA - A União Europeia (UE) denunciou formalmente o Brasil nesta sexta-feira na Organização Mundial do Comercio (OMC) por conceder subsídios que considera ilegais para vários setores da economia, no que será o maior litígio comercial que Brasília enfrentará.

O pedido de painel contra o Brasil pelos europeus ocorre apenas cinco dias depois da reeleição da presidente Dilma Rousseff, uma indicação de que, na avaliação dos europeus, a política comercial brasileira não sofrerá alterações.

Na prática, os europeus contestam o centro da política industrial implementada até agora pelo governo de Dilma Rousseff, incluindo exigências de conteúdo local, que são normalmente proibidas pelas regras da OMC...

De Assis moreira, VALOR

Cala-te cidadão



Cada cidadão brasileiro que porta seu título de eleitor, elegeu o congressista que lhe representa, mesmo os que não votaram ou anularam seu voto, também elegeram os deputados e senadores que estão lá.

Pois os deputados acabaram de derrotar o projeto bolivariano da presidente Dilma, aquele em que o governo apoia a criação de conselhos populares que participam diretamente nas decisões das empresas, órgãos, instituições e até mesmo dentro do governo, ou seja, o patrulhamento passa a ser físico, direto onde está se tomando decisões internas.

Para o sofrimento daqueles que desejam o patrulhamento das empresas e das pessoas, resta agora gritar e bater a cabeça na parede.

De Julio Cunha



Vale tem prejuízo no 3º tri, ações despencam; empresa investirá menos


RIO DE JANEIRO - A Vale, maior produtora global de minério de ferro, teve prejuízo de 3,381 bilhões de reais entre julho e setembro deste ano, contra lucro de 7,949 bilhões de reais no mesmo período de 2013, em um trimestre duramente impactado pela queda do preço da matéria-prima do aço e por perdas cambiais.

O resultado surpreendeu muitos especialistas, que esperavam queda acentuada no lucro, pelo forte recuo do preço do minério de ferro, mas não prejuízo, decorrente principalmente do impacto não caixa de variações cambiais e perdas monetárias em dívidas e derivativos.

As ações da mineradora tombaram para a menor cotação desde abril de 2009, com alguns analistas preocupados com uma eventual redução de pagamentos de dividendos em uma nova era de preços mais baixos do minério de ferro, em meio ao grande crescimento da produção na Austrália e um ritmo menor da demanda na China...

De Por Marta Nogueira, REUTERS BRASIL

PSDB de Aécio Neves pede auditoria na votação


O PSDB nacional protocolou nesta quinta-feira no Tribunal Superior Eleitoral pedido de auditoria especial para verificar o resultado das eleições presidenciais. O candidato do partido, Aécio Neves, perdeu para a petista Dilma Rousseff por 3,28 pontos porcentuais entre os votos válidos, menor diferença da história. A diferença equivale a 3,4 milhões de eleitores.

Na petição, assinada pelo coordenador jurídico do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), o partido alega haver “uma somatória de denúncias e desconfianças por parte da população brasileira” motivada pela decisão do tribunal de só divulgar a apuração parcial após o encerramento da votação no Acre e no oeste do Amazonas, cujo fuso horário está três horas atrasado em relação a Brasília – por causa do horário de verão.

“O aguardo do encerramento da votação no Estado do Acre, com uma diferença de três horas para os Estados que acompanham o horário de Brasília, enquanto já se procedia a apuração nas demais unidades da federação, com a revelação, às 20h00 do dia 26 de outubro, de um resultado já definido e com pequena margem de diferença, são elementos que acabaram por fomentar, ainda mais, as desconfianças que imperam no seio da sociedade brasileira”, diz a petição dos tucanos...

De Andreza Matais, ESTADÃO

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Sarney votou em Aécio Neves?


A mão direita, trêmula, move-se com o indicador esticado até o primeiro botão, no alto à esquerda, do teclado da urna eletrônica. Titubeia por um instante e desce para a tecla imediatamente abaixo. Pressiona-a e vai para o botão à direita. Aperta novamente: 4 + 5. Aparecem na tela da urna as fotos de Aécio Neves (PSDB), sorridente, e de Aloysio Nunes (PSDB), de terno preto. A mão desce até a tecla verde e confirma: “Fim”.

Quando o dono da mão deixa a cabine de papelão, vê-se pregado na lapela do seu paletó caqui o adesivo da campanha de reeleição de Dilma Rousseff (PT). Na foto, a presidente está ladeada pelo seu candidato a vice – e presidente do PMDB-, Michel Temer. A cena está registrada em vídeo e publicada no Youtube.

(...)

Foi um recado de que o PMDB pretende manter o comando da Câmara e do Senado na próxima legislatura e de que não aceita compartilhar seu poder com mecanismos de consulta popular – como por exemplo fazer uma reforma política via plebiscito, como a presidente propôs em seu discurso de vitória.

(...)

Ele não será mais senador em 2015. Seu afilhado Edison Lobão não deverá ser mais o ministro das Minas e Energia. Por isso, não seria surpresa se Sarney virasse ministro da Cultura no quarto governo do PT – mesmo que sua mão tenha votado no PSDB.

De Jose Roberto de Toledo, blog, ESTADÃO

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Usiminas volta ao prejuízo com resultado abaixo do esperado no 3o tri


SÃO PAULO - A Usiminas encerrou um ano de resultados positivos ao fechar o terceiro trimestre com prejuízo de 24 milhões de reais, impactado pela desvalorização cambial, e com um resultado operacional abaixo do esperado.

A companhia vinha mostrando lucro desde o terceiro trimestre do ano passado, mas o impacto cambial de 164 milhões de reais contribuiu para quase dobrar o resultado financeiro negativo da empresa no período, para 232,45 milhões de reais.


A maior produtora de aços planos do Brasil teve queda anual de 34 por cento na geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado, para 357 milhões de reais. A margem no período caiu de 17 para 12 por cento...

De Alberto Alerigi Jr., edição de Marcela Ayres, REUTERS BRASIL

Câmara derruba decreto de conselhos populares


Dois dias após ser reeleita, a presidente Dilma Rousseff sofreu sua primeira derrota na Câmara dos Deputados. Os parlamentares aprovaram nesta terça-feira (28) um projeto que susta os efeitos de um decreto da petista que vincula decisões governamentais de interesse social à opinião de conselhos e outras formas de participação popular.

O tes]xto segue para votação no Senado. A derrubada da medida foi capitaneada pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), com apoio do PMDB, principal aliado do Planalto, partidos da base aliada e da oposição. O OT, PCdoB e PSOL, favoráveis à consulta popular, ficaram isolados na defesa da proposta.

O projeto da Dilma foi rejeitado por votação simbólica, que não contabiliza os votos...

De Márcio Falção, FOLHA

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Burrice e ignorância


A burrice é diferente da ignorância. A ignorância é o desconhecimento dos fatos e das possibilidades. A burrice é uma forca da natureza (Nelson Rodrigues).

A ignorância quer aprender. A burrice acha que já sabe. A burrice, antes de tudo, é uma couraça. A burrice é um mecanismo de defesa. O burro detesta a dúvida e se fecha. 

O ignorante se abre e o burro esperto aproveita. A ignorância do povo brasileiro foi planejada desde a Colônia. Até o século 19, era proibido publicar livros sem licença da Igreja ou do governo. A burrice tem avançado muito; a burrice ganhou status de sabedoria, porque, com o mundo muito complexo, os burros anseiam por um simplismo salvador. Os grandes burros têm uma confiança em si que os ignorantes não têm. Os ignorantes, coitados, são trêmulos, nervosos, humildemente obedecem a ordens, porque pensam que são burros, mas não são; se bem que os burros de carteirinha estimulam esse complexo de inferioridade. 

A ignorância é muito lucrativa para os burros poderosos. Os burros são potentes, militantes, têm fé em si mesmos e têm a ousadia que os inteligentes não têm. Na porcentagem de cérebros, eles têm uma grande parcela na liderança do país. No caso da política, a ignorância forma um contingente imenso de eleitores, e sua ignorância é cultivada como flores preciosas pelos donos do poder. Quanto mais ignorantes melhor. Já pensaram se a ignorância diminuísse, se os ignorantes fossem educados? Que fariam os senhores feudais do Nordeste em cidades tomadas como Muricy ou o município rebatizado de Cidade Edson Lobão, antiga Ribeirinha? A ignorância do povo é um tesouro; lá, são recrutados os utilíssimos "laranjas" para a boa circulação das verbas tiradas dos fundos de pensão e empresas públicas.

Como é o "design" da burrice? A burrice é o bloqueio de qualquer dúvida de fora para dentro, é uma escuridão interna desejada, é o ódio a qualquer diferença, à qualquer luz que possa clarear a deliciosa sombra onde vivem. O burro é sempre igual a si mesmo, a burrice é eterna como a pedra da Gávea (Nelson Rodrigues).

De certa forma, eu invejo os burros. Como é seu mundo? Seu mundo é doce e uno, é uma coisa só. O burro sofre menos, encastela-se numa só ideia e fica ali, no conforto, feliz com suas certezas. O burro é mais feliz.

A burrice não é democrática, porque a democracia tem vozes divergentes, instila dúvidas e o burro não tem ouvidos. O verdadeiro burro é surdo. E autoritário: quer enfiar burrices à força na cabeça dos ignorantes. O sujeito pode ser culto e burro.

Quantos filósofos sabem tudo de Hegel ou Espinoza e são bestas quadradas? Seu mundo tem três ou quatro verdades que ele chupa como picolés. O burro dorme bem e não tem inveja do inteligente, porque ele "é" o inteligente.

Mesmo inconscientemente, aqui e lá fora, a sociedade está faminta de algum tipo de autoritarismo. A democracia é mais lenta que regimes autoritários. Sente-se um vazio com a democracia - ela decepciona um pouco as massas. Assim, apelos populistas, a invenção de "inimigos" do povo, divisão entre "bons" e "maus" surte efeito. Surge na política a restauração alegre da burrice. Isso é internacional. Bush se orgulhava de sua burrice. Uma vez, ele disse em Yale: "Eu sou a prova de que os maus estudantes podem ser presidentes dos USA". E aí, invadiu o Iraque e escangalhou o Ocidente. E está impune, quando deveria estar em cana perpétua.

Aqui, também assistimos à vitória da testa curta, o triunfo das toupeiras. O bom asno é sempre bem vindo, enquanto o "pernóstico" inteligente é olhado de esguelha. A burrice organiza o mundo: princípio, meio e fim. A burrice dá mais ibope, é mais fácil de entender. A burrice dá mais dinheiro; é mais "comercial".

Em nossa cultura, achamos que há algo de sagrado na ignorância dos pobres, uma "sabedoria" que pode desmascarar a mentira "inteligente" do mundo. Só os pobres de espírito verão a Deus, reza nossa tradição. Existe na base do populismo brasileiro uma crença lusitana, contrarreformistas, de que a pobreza é a moradia da verdade.

No Brasil, há uma grande fome de "regressismo", de voltar para a "taba" ou para o casebre com farinha, paçoca e violinha. E daí viriam a solidariedade, a paz, num doce rebanho político que deteria a marcha das coisas do mundo, do mercado voraz, das pestes e, claro, dos "canalhas" neoliberais. É a utopia de cabeça para baixo, o culto populista da marcha a ré.

Nosso grande crítico literário Agripino Grieco tinha frases perfeitas sobre os burros. "A burrice é contagiosa; o talento, não" ou "Para os burros, o 'etc' é uma comodidade..." ou "Ele não tem ouvidos, tem orelhas e dava a impressão de tornar inteligente todos os que se avizinhavam dele", "Passou a vida correndo atrás de uma ideia, mas não conseguiu alcançá-la", "Ele é mais mentiroso que elogio de epitáfio", "No dia em que ele tiver uma ideia, morrerá de apoplexia fulminante".

Vi na TV um daqueles bispos de Jesus, de terno e gravata, clamando para uma multidão de fiéis: "Não tenham pensamentos livres; o Diabo é que os inventa!".

Entendi que a liberdade é uma tortura para desamparados. Inteligência é chata; traz angústia com seus labirintos. Inteligência nos desorganiza; burrice consola. A burrice é a ignorância ativa, é a ignorância com fome de sentido.

Nosso futuro será pautado pelos burros espertos, manipulando os pobres ignorantes. Nosso futuro está sendo determinado pelos burros da elite intelectual numa fervorosa aliança com os analfabetos.

Como disse acima, a liberdade é chata, dá angústia. A burrice tem a "vantagem" de "explicar" o mundo. O diabo é que a burrice no poder chama-se "fascismo".

De Arnaldo Jabor, ESTADÃOgues).
A ignorância quer aprender. A burrice acha que já sabe. A burrice, antes de tudo, é
uma couraça. A burrice é um mecanismo de defesa. O burro detesta a dúvida e se
fecha.
O ignorante se abre e o burro esperto aproveita. A ignorância do povo brasileiro foi
planejada desde a Colônia. Até o século 19, era proibido publicar livros sem licença
da Igreja ou do governo. A burrice tem avançado muito; a burrice ganhou status
de sabedoria, porque, com o mundo muito complexo, os burros anseiam por um
simplismo salvador. Os grandes burros têm uma confiança em si que os ignorantes
não têm. Os ignorantes, coitados, são trêmulos, nervosos, humildemente obedecem
a ordens, porque pensam que são burros, mas não são; se bem que os burros de
carteirinha estimulam esse complexo de inferioridade.
A ignorância é muito lucrativa para os burros poderosos. Os burros são potentes,
militantes, têm fé em si mesmos e têm a ousadia que os inteligentes não têm. Na
porcentagem de cérebros, eles têm uma grande parcela na liderança do país. No
caso da política, a ignorância forma um contingente imenso de eleitores, e sua
ignorância é cultivada como flores preciosas pelos donos do poder. Quanto mais
ignorantes melhor. Já pensaram se a ignorância diminuísse, se os ignorantes
fossem educados? Que fariam os senhores feudais do Nordeste em cidades
tomadas como Muricy ou o município rebatizado de Cidade Edson Lobão, antiga
Ribeirinha? A ignorância do povo é um tesouro; lá, são recrutados os utilíssimos
"laranjas" para a boa circulação das verbas tiradas dos fundos de pensão e
empresas públicas.
Como é o "design" da burrice? A burrice é o bloqueio de qualquer
das possibilidades. A burrice é uma forca da natureza (Nelson Rodrigues).
A ignorância quer aprender. A burrice acha que já sabe. A burrice, antes de tudo, é
uma couraça. A burrice é um mecanismo de defesa. O burro detesta a dúvida e se
fecha.
O ignorante se abre e o burro esperto aproveita. A ignorância do povo brasileiro foi
planejada desde a Colônia. Até o século 19, era proibido publicar livros sem licença
da Igreja ou do governo. A burrice tem avançado muito; a burrice ganhou status
de sabedoria, porque, com o mundo muito complexo, os burros anseiam por um
simplismo salvador. Os grandes burros têm uma confiança em si que os ignorantes
não têm. Os ignorantes, coitados, são trêmulos, nervosos, humildemente obedecem
a ordens, porque pensam que são burros, mas não são; se bem que os burros de
carteirinha estimulam esse complexo de inferioridade.
A ignorância é muito lucrativa para os burros poderosos. Os burros são potentes,
militantes, têm fé em si mesmos e têm a ousadia que os inteligentes não têm. Na
porcentagem de cérebros, eles têm uma grande parcela na liderança do país. No
caso da política, a ignorância forma um contingente imenso de eleitores, e sua
ignorância é cultivada como flores preciosas pelos donos do poder. Quanto mais
ignorantes melhor. Já pensaram se a ignorância diminuísse, se os ignorantes
fossem educados? Que fariam os senhores feudais do Nordeste em cidades
tomadas como Muricy ou o município rebatizado de Cidade Edson Lobão, antiga
Ribeirinha? A ignorância do povo é um tesouro; lá, são recrutados os utilíssimos
"laranjas" para a boa circulação das verbas tiradas dos fundos de pensão e
empresas públicas.
Como é o "design" da burrice? A burrice é o bloqueio de qualquer

Dilma afirma que mudanças na economia começam em novembro


BRASÍLIA (Reuters) - A presidente reeleita Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira que novas medidas econômicas serão tomadas a partir de novembro, depois de um amplo diálogo com setores produtivos e financeiros, e que o novo ministro da Fazenda será anunciado no momento adequado.

"Eu pretendo colocar de forma muito clara as medidas que vou tomar, agora, não é hoje", disse Dilma durante entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo. "Antes do final do ano (eu vou anunciar as medidas). Eu vou fazer isso nesse mês que inicia na próxima semana", acrescentou.

Em outra entrevista, também nesta segunda-feira, ao Jornal da Record, Dilma disse que pretende fazer um amplo diálogo sobre as próximas medidas a serem adotadas para fazer a economia voltar a crescer.

"As medidas vão ser... objeto de amplo diálogo, de uma discussão com todos os setores. Não se trata aqui de fazer uma lista de medidas... não acho que é esse o caminho correto", disse Dilma ao ser instada a dar detalhes durante a entrevista ao Jornal da Record.

A petista disse que seu segundo mandato será marcado pelo "diálogo". A falta de interlocução com vários setores econômicos e financeiros é uma das principais críticas ao seu atual governo.

Questionada sobre quem será o futuro ministro da Fazenda, já que durante a campanha anunciou que Guido Mantega, titular da pasta, não continuaria no segundo mandato, a presidente afirmou que não anunciaria o futuro comandante da política econômica nesta segunda-feira.

"Eu não vou discutir só um ministro, eu vou discutir o meu ministério (de forma geral)", disse ao Jornal da Record. "Não tente especular, porque não direi como farei", avisou a petista...

De Jeferson Ribeiro, REUTERS BRASIL

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Ataque suicida mata 27 combatentes xiitas perto de Bagdá


BAGDÁ (Reuters) - Um agressor suicida matou ao menos 27 combatentes xiitas nos arredores da cidade iraquiana de Jurf al-Sakhar nesta segunda-feira, após as forças de segurança terem expulsado militantes do Estado Islâmico da área no fim de semana, informaram fontes do Exército e da polícia.

O suicida, dirigindo um veículo militar provavelmente roubado de tropas do governo derrotadas e lotado com explosivos, também feriu outros 60 combatentes xiitas, que tinham ajudado as forças do governo a retomar a cidade ao sul da capital Bagdá.

O controle de Jurf al-Sakhar é fundamental para as forças de segurança iraquianas, que finalmente conseguiram expulsar os insurgentes sunitas após meses de combates.

Com o comando da cidade, as forças iraquianas podem impedir os insurgentes sunitas de se aproximaram ainda mais da capital e cortar ligações do grupo com seus redutos na província de Anbar.

O Estado Islâmico ameaça marchar para Bagdá, onde estão posicionadas forças especiais iraquianas e milhares de combatentes xiitas para defender a capital em caso de ataque.


De Michael Georgy, REUTERS BRASIL

Na economia, Dilma terá o maior desafio


As urnas fortalecem. A presidente Dilma pode tirar delas a força e as lições para fazer seu segundo mandato ser melhor do que o primeiro. Mas, para isso, precisará ter sabedoria e capacidade de diálogo. Ela venceu, apesar da estagnação econômica, da inflação alta e do pior caso de corrupção que já houve, mas precisará ser capaz de ver seus erros e o fosso que sua campanha abriu no país.

Suas escolhas na economia falharam e isso não é uma questão de opinião. São os números. Eles são ruins, com raras exceções. A confiança de todos os setores empresariais está em queda. E quem não confia, não investe, não produz riqueza e empregos. O mercado financeiro não é ocupado por malévolos de sobrecasaca, mas por investidores, pequenos, médios e grandes, que tomam decisões sobre onde colocar seu dinheiro. E o país precisa de poupança e investimento. Precisa restaurar a confiança na economia. É o maior desafio.

Pode-se perguntar: por que, afinal, ela ganhou, se a situação econômica é tão ruim? Porque sua campanha chantageou os eleitores que dependem do Bolsa Família. Porque seu marketing eleitoral mentiu sobre as intenções e propostas de seus oponentes. Porque ela usou a máquina pública de forma espantosa.

Governará com um Congresso mais fragmentado, no qual seu partido encolheu e a oposição ficou mais forte. O maior erro de Aécio Neves foi em Minas Gerais. Não se pode errar em casa. Escolheu um candidato difícil de carregar e, no segundo turno, não virou o jogo. Mas teve muitos méritos. Defendeu os ideais do seu partido e conseguiu ocupar ruas com militância, coisa que só acontecia com o PT. O partido terá grandes políticos no Senado. Tem a chance de ser a oposição que nunca foi.

Os eleitores deram uma segunda chance a Dilma, que precisará ter ouvidos para a quase metade do país que não votou nela. Será hora de abandonar o discurso de campanha e ver os reais problemas do país. Não bastam as protocolares palavras de união e diálogo no discurso da vitória. A torcida dos brasileiros será para que ela tenha sucesso.

De Miriam Leitão, coluna, O GLOBO

US$ 5,4 bilhões para compra de caças suecos


GENEBRA - Um dia depois da reeleição da presidente Dilma Rousseff e com um valor acima do previsto originalmente, o governo assina com a Saab um contrato para o desenvolvimento e compra de 36 caças Gripen. O valor total do contrato chega a US$ 5,4 bilhões, superior aos US$ 4,5 bilhões mencionados durante o processo de seleção. Os primeiros jatos começarão a ser entregues em 2019 e o pacote estará completo apenas no ano de 2024. 

O acordo ocorre meses depois de o governo anunciar a opção pelos aviões suecos, após anos de uma licitação que envolveu fabricantes americanos e franceses. Durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, o Planalto chegou a anunciar que a empresa francesa Dassault havia vencido a licitação. Por isso, o contrato de hoje coloca um fim a um suspense e um conturbado processo.

"O programa é composto por 28 caças monoposto e oito caças de dois lugares Gripen NG. O valor total do pedido é de aproximadamente SEK 39,3 bilhões de coroas suecas", indicou o comunicado de imprensa da companhia...

De Jamil Chade, economia, ESTADÃO

Imprensa internacional destaca reeleição apertada de Dilma


A reeleição da presidente Dilma Rousseff está nas home pages dos sites dos principais jornais do mundo. A maior parte dos veículos destacou o resultado apertado na disputa com Aécio Neves.

Artigo publicado pelo New York Times lembra que a vitória foi alcançada em uma disputa tumultuada, marcada por acusações de corrupção, insultos pessoais e debates quentes. O Wall Street Journal apontou que “a disputa cáustica entre os candidatos expôs as linhas de fratura econômica e social da nação”.

O La Nación, de Buenos Aires, manchetou: “A eleição mais acirrada: Dilma conseguiu só três pontos de vantagem sobre Aécio Neves”. O jornal também lembrou em sua versão na internet o agradecimento a Lula no discurso da vitória.

O argentino Clarín deu espaço também para o panorama externo, com a chamada: “Rumo a outra relação com os EUA e uma revisão do Mercosul”.

A rede britânica BBC colocou fotos dos dois candidatos e o destaque: “Presidente Dilma Rousseff foi reeleita para um segundo mandato, depois de assegurar mais de 51% dos votos em uma eleição altamente disputada”.

Na França, o Le Monde afirmou: “A presidente brasileira foi reconduzida ao posto na sequência de um segundo turno acirrado”.

A revista alemã Der Spiegel cravou: “Foi uma corrida cabeça a cabeça”, citando a pequena diferença de votos de Aécio.

O El País, da Espanha, chamou atenção para os desafios de Dilma no segundo mandato. “A crise econômica e a corrupção vão marcar a nova Presidência”.


De Eleições 2014, VEJA

domingo, 26 de outubro de 2014

Campanha de Braga ao governo do Amazonas já fala em derrota


Assessores da campanha do senador Eduardo Braga (PMDB) ao governo do Amazonas já falam que serão derrotados no domingo. Colocam a culpa na elevada rejeição de Braga e dizem que disputar contra a "máquina pública" é quase impossível no estado. A "máquina pública", no caso, é o atual governador José Melo (PROS), candidato à reeleição.

De Marcelo Sperandio, Felipe Patury, ÉPOCA

FHC vota e defende Brasil "mais confiante e simples"


Entre selfies com os eleitores, buzinaço, aplausos e gritos de apoio, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso votou por volta das 11 horas deste domingo no colégio Nossa Senhora de Sion, no bairro de Higienópolis, em São Paulo. Ele estava acompanhado do deputado federal eleito Floriano Pesaro e do ex-ministro da Justiça José Gregori.

FHC disse estar otimista com as chances de vitória de Aécio Neves, apesar dos ataques promovidos pela camoanha petista. Segundo ele, Aécio continua firme na disputa pela Presidência, por um Brasil "mais confiante e mais simples". "Fui ao Largo da Batata e senti o mesmo ânimo que vi no Diretas Já", disse o ex-presidente. "Não dá mais para continuar governando na base do toma lá dá cá."

De Andressa Lelli, VEJA

Sensus: Aécio tem 54,6% dos votos válidos e Dilma, 45,4%


Pesquisa IstoÉ Sensus divulgada nesta sexta-feira mostra o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, nove pontos à frente da adversária Dilma Rousseff (PT). O tucano aparece com 54,6% das intenções de votos válidos, contra 45,4% de Dilma. A pesquisa também mostra que, a dois dias da eleição, 11,9% do eleitorado ainda não sabe em quem votar. Se for considerado o número total de votos, a pesquisa indica que Aécio tem 48,1% e Dilma, 40%.

O instituto Sensus mediu também a rejeição dos candidatos e aponta que 44,2% dos eleitores afirmaram que não votariam de forma alguma em Dilma, enquanto 33,7% disseram o mesmo de Aécio. O Sensus entrevistou 2 mil eleitores de 136 municípios em 24 Estados entre os dias 21 e 24 de outubro. A pesquisa tem margem de erro de 2,2 pontos porcentuais, para mais ou para menos, e nível de confiança de 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo BR-01166/2014.

De Stefânia Akel, Estadão

‘Chegou ao fim essa política do medo’, diz Bittar, ao votar



O candidato ao governo do Acre pelo PSDB, Márcio Bittar, votou por volta das 9h30 na Universidade Norte do Paraná (Unopar), na capital acreana, acompanhado da esposa e filhos.

“Eu, na juventude, lutei pela reabertura democrática. O Brasil e o Acre fazem um reencontro com a democracia e hoje estarão livres. Chegou ao fim essa política do medo”, afirmou.

O tucano agradeceu o empenho da militância durante toda a campanha, especialmente no segundo turno, quando obteve apoio do candidato derrotado Tião Bocalom (DEM) e seu vice, Henrique Afonso (PV).

“Quando passei por crises durante a campanha, era pelos militantes que eu conseguia me levantar. E é hoje que, se Deus quiser, vamos comemorar a vitória”.

Bittar aparece com 45% das intenções de voto em pesquisa divulgada neste sábado, 25, pelo Ibope. Seu adversário, Tião Viana, do PT, é o favorito, com 55% da preferência.

De Leandro Chaves, Página 20