terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Contas públicas têm rombo recorde em novembro, diz BC


O setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção da Petrobras e Eletrobras) registrou um déficit primário de 19,56 bilhões de reais em novembro, o pior para o mês na série histórica do Banco Central (BC), iniciada em dezembro de 2001. Em 12 meses o rombo é de 52,41 bilhões de reais, o maior já registrado como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), em 0,89%.

Segundo dados divulgados pelo BC, o saldo negativo de novembro foi provocado pelo déficit do governo central (-21,671 bilhões de reais) e de empresas estatais (-249 milhões de reais), sendo apenas ligeiramente compensado pelo superávit de Estados e municípios (+2,352 bilhões de reais).

O resultado veio maior que projeções de analistas de um déficit de 14 bilhões de reais para o mês, conforme pesquisa da Reuters. No acumulado dos onze primeiros meses do ano, o déficit ficou em 39,520 bilhões de reais, também um recorde negativo, e bem acima do déficit de 19,642 bilhões de reais em igual período de 2014...

De economia, VEJA

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Presidente também anunciou corte de seu salário e do vice, mas isso não aconteceu


BRASÍLIA - A reforma administrativa anunciada pela presidente Dilma Rousseff no início de outubro, prevendo reduções de salários, de ministérios, de secretarias especiais e de cargos comissionados, mal saiu do papel. Pressionada a enxugar a máquina pública para cobrir o déficit de R$ 30,5 bilhões previsto na ocasião no Orçamento de 2016, a presidente prometeu cortar ministérios e reduzir número de cargos de confiança, mas, até agora, os cortes foram pífios.

Dos 3 mil cargos que seriam extintos, segundo Dilma, apenas 346 foram efetivamente cortados. Das 30 secretarias, só sete deixaram de existir. Dilma, o vice Michel Temer e os ministros teriam seus salários reduzidos de R$ 30.934,70 para R$ 27.841,23. Isso também ainda não aconteceu. A previsão do governo era economizar com esses cortes R$ 200 milhões. O montante alcançado até agora foi de apenas R$ 16,1 milhões.

O governo explica que a redução de salários depende do Congresso. Dilma enviou o pedido dias depois do anúncio da medida, porque é preciso editar um decreto legislativo para reduzir vencimentos. Mas o decreto ainda não foi apreciado pelos congressistas. Quanto aos demais cortes, a explicação de auxiliares de Dilma é que a necessidade de negociar cargos com aliados em troca de apoio na Câmara, em meio à abertura do processo de impeachment, paralisou a reforma...

De Simone Iglesias e Martha Becko, O GLOBO

Exército iraquiano declara vitória sobre o EI em Ramadi


BAGDÁ - O Exército Iraquiano afirmou neste domingo que derrotou o Estado Islâmico em uma capital provincial a oeste de Bagdá, a primeira grande vitória das forças treinadas pelos Estados Unidos desde seu colapso sob ataque do EI há 18 meses.

A vitória em Ramadi, capital da província majoritariamente sunita-muçulmana de Anbar, no vale do rio Eufrates, a oeste da capital do país, priva o EI de seu principal prêmio de 2015. Os soldados capturaram e cidade em maio depois que tropas do governo fugiram derrotadas, o que levou Washington a reavaliar a estratégia de enfrentamento do Estado Islâmico na região.

Depois de cercar a cidade por semanas, os militares iraquianos lançaram uma ofensiva para retomá-la esta semana, e fizeram um ataque final para tomar o complexo administrativo neste domingo. "Controlar o complexo significa que os derrotamos em Ramadi", afirmou Sabah al Numani, porta-voz das forças governamentais que lideraram o ataque. "O próximo passo é limpar bolsões de resistência que possam existir ainda na cidade".

A televisão estatal iraquiana mostrou imagens das tropas e de veículos avançando pelas ruas de Ramadi entre pilhas de destroços e casas destruídas. Alguns distritos parecem ter sido completamente arrasados pelo ataque...

De Ahmed Rasheed, REUTERS BRASIL

Líder do PMDB é sócio de dono de cervejaria que financiou campanha de Dilma


Nas eleições de 2014, o Grupo Petrópolis, fabricante da cerveja Itaipava, se firmou como um grande doador de campanhas, destinando R$ 57,2 milhões a partidos e candidatos. Metade foi para a campanha da presidente Dilma Rousseff e para o PMDB do Rio de Janeiro. O partido fluminense ganhou R$ 11 milhões, e Dilma, R$ 17,5 milhões, a quarta maior contribuição recebida pela candidata petista.

Desde 2011, o PMDB fluminense está sob o comando do presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani. É pai de Leonardo Picciani, que se tornou líder do PMDB na Câmara e, em dezembro, já foi destituído e reconduzido ao cargo. Nos últimos meses, os deputados Picciani lançaram uma boia de salvação para Dilma no processo deimpeachment, articulando uma base de apoio à presidente no PMDB. Foram recompensados com dois ministérios e prestígio junto a presidente.

Além de políticos influentes, os Picciani são empresários em ascensão. Em abril, ÉPOCA revelou que a família possui uma pedreira no Rio de Janeiro – a Tamoio Mineração S.A. – avaliada em R$ 70 milhões. A reportagem mostrou que, em setembro de 2012, os Picciani compraram parte das ações de um empresário que morrera mais de um ano antes, em abril de 2011. Novo documento obtido por ÉPOCA mostra que um mês depois de adquirir a pedreira, a família se associou ao empresário Walter Faria, o dono da Cervejaria Petrópolis, responsável pelas generosas contribuições na campanha de 2014...

De Raphael Gomide e Hudson Corrêa, ÉPOCA

sábado, 26 de dezembro de 2015

A próxima batalha


O TSE será a principal arena da nova contenda entre governo e oposição. Depois que a decisão do STF de alterar o rito do impeachment garantiu uma sobrevida a Dilma Rousseff, setores da oposição passaram a considerar o pedido de impugnação da chapa presidencial como a possibilidade mais concreta de afastar a presidente do Palácio do Planalto. A dobradinha da petista e de seu vice, Michel Temer (PMDB), é alvo de ações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de autoria do PSDB. Os tucanos acusam a campanha vitoriosa em 2014 de abuso do poder econômico e político, além de uso da máquina pública e de custear despesas eleitorais com dinheiro desviado da Petrobras. A tramitação dos processos será retomada no dia 1º de fevereiro, com o fim das férias do Judiciário.

Nas últimas semanas, houve uma mudança importante nos bastidores do tribunal. No início do ano, a ministra Maria Thereza de Assis Moura, atualmente Corregedora-Geral Eleitoral, votou pelo arquivamento da principal ação proposta pelo PSDB. Naquele momento, com base nas informações então disponíveis, a avaliação da ministra era a de que não caberia a tramitação do processo. O Palácio do Planalto comemorou. A coligação Muda Brasil e o candidato derrotado Aécio Neves recorreram da decisão. Em outubro, ao julgar o recurso, o TSE concluiu que a ação deveria, sim, prosseguir. O caso permanece sob a responsabilidade de Maria Thereza, mas a ministra indica ter uma nova compreensão sobre o caso. Numa avaliação feita a interlocutores, ela confidenciou que o volume de informações disponíveis hoje é bem maior e que agora pode ver a ação com outros olhos. Desde sua primeira decisão, o Tribunal de Contas da União (TCU) enviou ao Congresso parecer pela reprovação das contas de Dilma relativas a 2014 por manobras contábeis no Orçamento da União - irregularidade que mascarou uma situação negativa e certamente teve impacto eleitoral.

Além disso, foram compartilhadas informações da Operação Lava Jato com o TSE. Foram enviados ao tribunal documentos que mencionam o repasse de dinheiro ao PT e ao ex-tesoureiro João Vaccari Neto, preso em Curitiba desde o primeiro semestre. Em sua delação premiada, o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC, afirmou que pagou R$ 20,5 milhões em propina ao PT, entre 2004 e 2014. Maria Thereza é relatora de uma ação de impugnação de mandato eletivo (Aime) e duas ações de investigação judicial eleitoral (Aije). Existe ainda sob a responsabilidade do ministro Luiz Fux uma representação contra a campanha do PT. A tendência é a de que tudo fique concentrado na mão de Maria Thereza. Há um outro flanco que atemoriza ainda mais o governo. A Polícia Federal apura irregularidades envolvendo fornecedores contratados pelo comitê de Dilma, num inquérito aberto na Superintendência em Brasília. Segundo agentes a par da investigação, a tendência é de que o trabalho tenha desdobramentos a partir de janeiro em formato de operação...

De Marcelo Rocha e Mel Bleil Gallo, ISTO É

Rússia se une ao Talibã na guerra contra o Estado Islâmico


Diante do avanço dos terroristas do Estado Islâmico no Afeganistão, a Rússia decidiu aliar-se a um antigo inimigo, os fundamentalistas do Talibã, para trocar dados de serviços de inteligência. As informações são de reportagem da rede americana CNN. A porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do governo russo, Maria Zakharova, afirma que os contatos envolvem troca de informações que podem ajudar a combater um inimigo comum: o EI. O governo russo, porém, não planeja fornecer armas ao Talibã.

No fim da década de 1970, o Exército soviético, liderado por Moscou, invadiu o Afeganistão, dando início a uma guerra que só terminaria em 1989. Na ocasião, o Talibã lutou contra as tropas vermelhas, com apoio dos Estados Unidos. O conflito matou pelo menos 1 milhão de civis e obrigou mais de 4 milhões de afegãos a abandonarem o país.

Agora, o governo do presidente russo Vladimir Putin decidiu juntar-se ao inimigo de seu inimigo. Aliada ao governo do ditador sírio Bashar Assad, a Rússia combate os terroristas do Estado Islâmico na Síria - e, de quebra, também bombardeia os rebeldes que lutam contra Assad. Já os talibãs temem o avanço dos terroristas inimigos, que têm tomado território do grupo sobretudo no Afeganistão. Segundo informações do Exército americano, o EI conta com pelo menos 3.000 homens em solo afegão. O Talibã dominou o país árabe até 2001, quando foi deposto pelos Estados Unidos na esteira da guerra ao terror, mas nacos do Afeganistão são ainda reféns do regime...

De mundo, VEJA

Sindicato diz que ainda não há situação de tranquilidade em hospitais do Rio


O alívio no atendimento a pacientes que buscam as emergências dos hospitais estaduais, após anúncio de ajuda federal e municipal, é momentâneo, e não representa uma situação de tranquilidade na área da saúde do estado. A avaliação é do presidente do Sindicato dos Médicos do Estado do Rio de Janeiro (Sinmed), Jorge Darze, que está acompanhando pessoalmente o atendimento nas unidades estaduais. Ele deverá apresentar um relatório nos próximos dias.

Segundo o sindicalista, a doação anunciada pelo Ministério da Saúde, de 200 mil itens em insumos hospitalares, incluindo medicamentos, representa um reforço para normalizar o atendimento, mas não é suficiente para abastecer toda a rede do estado por muito tempo .

“Estamos muito longe de viver uma situação de tranquilidade. Não dá hoje, menos de 24 horas de anunciada a doação de insumos, para dizer como estão essas unidades”, disse o sindicalista, que esteve no Hospital Estadual Getúlio Vargas, inspecionando o material recebido do governo federal. Segundo ele, o material recebido no Getúlio Vargas daria para, no máximo, cinco dias de atendimento.

O Sinmed faz parte de um gabinete de crise, criado para ajudar a gerenciar o sistema de saúde, que inclui o ministérios públicos Estadual e Federal, as defensorias públicas Estadual e da União e o Conselho Regional de Medicina. Por iniciativa deles, a Justiça estadual determinou a aplicação de 12% das verbas da receita do estado em saúde, conforme previsto na Constituição federal, sob pena de multa ao estado e ao governador e secretários de Fazenda e Saúde. O governador Luiz Fernando Pezão disse que estava recorrendo da decisão judicial, por não ter todo esse recurso para investir no setor.

Na última quarta-feira (23), Pezão anunciou o aporte de R$ 297 milhões, incluindo verbas federais e do município do Rio. Segundo o governo do Rio, toda a rede hospitalar estadual estava atendendo normalmente nesta sexta-feira (25).

De Joana Moscatelli, repórter das Rádios EBC, DIÁRIO DA MANHÃ

Em nota, Aécio diz que governo faz 'truques contábeis' para pagar pedaladas


O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG) divulgou nesta sexta-feira, 25, nota criticando a edição pelo governo federal da Medida Provisória (MP) 704, que trata das fontes de recursos para cobertura de despesas primárias obrigatórias e pagamento da Dívida Pública Federal (DPF). "Vemos, mais uma vez, e lamentavelmente, o governo Dilma fazer uso de truques contábeis - o uso do superávit financeiro da conta única do Tesouro Nacional - para pagar outros truques contábeis que foram as pedaladas fiscais", afirma Aécio.

Pela MP 704, publicada na quinta-feira, 24, o superávit financeiro das fontes de recursos decorrentes de vinculação legal existentes no Tesouro Nacional em 31 de dezembro de 2014 poderá ser destinado à cobertura de despesas primárias obrigatórias no exercício de 2015. Ela estabelece ainda que os valores de concessões de crédito realizadas por força de lei ou medida provisória pagos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à União serão destinados exclusivamente ao pagamento da DPF.

Para o tucano, Dilma repete "o mesmo truque" utilizado em dezembro de 2014, quando foi editada a MP 661, que estabelecia em um de seus artigos que "o superávit financeiro das fontes de recursos existentes no Tesouro Nacional poderá ser destinado à cobertura de despesas primárias obrigatórias". "Este ano, portanto, o governo Dilma volta a editar a Medida Provisória autorizando o uso do saldo financeiro da conta única do Tesouro Nacional para pagar tanto despesas primárias quanto as pedaladas fiscais", diz o tucano.

O presidente do PSDB lembra que a nova MP foi publicada às vésperas do Natal, assim como as MPs que mudaram o seguro desemprego e as pensões, no ano anterior. "É um governo que pede um novo voto confiança aos investidores, mas que, na manhã seguinte, volta a se aproveitar de um momento em que a imprensa e a sociedade estão desmobilizadas para publicar atos polêmicos", ataca.

"O recado está claro: tudo indica que o governo federal usará novamente uma manobra fiscal para fazer frente a suas despesas. O saldo financeiro da conta única do Tesouro Nacional deveria ser usado, no entanto, apenas para o pagamento de dívida pública, como estabelece a Lei 11.943, de 28 de maio de 2009", completa o senador.

Aécio destaca que para fazer uso de recursos da conta única para pagar despesas atrasadas, seria necessário que o governo tivesse arrecadação superior à despesa primária, "o que não é o caso", aponta. "De acordo com as boas práticas contábeis, despesas primárias (despesas não financeiras) devem ser pagas com a receita de impostos e contribuições. Quando o governo não tem recursos suficientes para pagar suas despesas não financeiras, pede recursos emprestados ao mercado por meio da emissão e vendas de títulos públicos, uma operação que aumenta a dívida bruta e a líquida no ato do pagamento das despesas não financeiras que deu origem ao aumento da dívida", emenda na nota.

Ao final da mensagem, o tucano fala em falta de bom senso do governo petista. "Uma despesa primária atrasada deveria ser paga com arrecadação de impostos e/ou com aumento da divida bruta decorrente da emissão de novos títulos públicos. Mas quem espera bom senso e transparência de um governo do PT sempre se decepciona", lamenta.

De politica e poder, JORNAL DE BRASILIA

Troca de líderes no Congresso pode influenciar processo de impeachment


A troca de cadeiras nas lideranças de partidos na Câmara dos Deputados pode levar a novos desdobramentos no processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, que acabou ficando para 2016.

Em alguns partidos, a tendência é que os novos líderes sigam a mesma linha de seus antecessores. É o caso, por exemplo, do DEM, que tem como nome mais cotado para assumir a bancada o de Pauderney Avelino (AM) que deve seguir as indicações feitas pelo atual líder Mendonça Filho (PE).

O mesmo deve ocorrer no PSDB, que já oficializou a substituição do atual líder Carlos Sampaio (SP) por Antônio Imbassahy (BA) a partir de fevereiro.

Já os partidos da base governista não devem alterar as composições, exceto o PMDB, onde um racha entre integrantes aliados e de oposição ao governo ficou publicamente oficializado desde que Leonardo Picciani (RJ) indicou os nomes para a comissão especial que vai analisar o processo de impeachment.

O retorno do parlamentar fluminense à liderança foi conseguido depois que três deputados manifestaram mudança de opinião – Jéssica Sales (AC), Vitor Valim (CE) e Lindomar Garçon (RO) e pelo retorno à bancada de alguns filiados que ocupavam cargos executivos no estado do Rio de Janeiro, entre eles, Marco Antonio Cabral, que era secretário de Estado de Esporte, Lazer e Juventude, e Pedro Paulo Carvalho, que era secretário municipal da Casa Civil do Rio de Janeiro...

De política, TRIBUNA DA BAHIA

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

José Dirceu vai pedir à Justiça perdão de pena do processo do mensalão


A defesa do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, condenado no processo do mensalão e preso preventivamente há cinco meses na Operação Lava Jato, vai pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a concessão do indulto de Natal a ele. Ontem, como tradicionalmente ocorre todos os anos, a presidente Dilma Rousseff publicou no Diário Oficial da União um decreto concedendo indulto natalino e comutação de penas.

A liberação precisa obedecer a vários critérios, como tempo da condenação do preso, prazo de pena já cumprido, se o crime é considerado de "grave ameaça ou violência a pessoa", entre outros critérios. Previsto na Constituição, o benefício é uma atribuição exclusiva a ser concedida pelo presidente da República.

O advogado José Luís de Oliveira Lima, que defende Dirceu, disse que o ex-ministro se encaixa nos pré-requisitos do decreto assinado pela presidente para ficar livre de cumprir o restante da pena sem qualquer tipo de restrição...

De agência estado, CORREIO BRAZILIENSE

Lula e Dilma são citados em ação do Ministério Público Federal em São Paulo


O ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff são citados pelo Ministério Público Federal em São Paulo numa ação contra a prescrição do crime de improbidade administrativa. Os procuradores apuram possível responsabilidade de ambos em irregularidades numa licitação da Transpetro (Petrobras), realizada em 2010, para a instalação de um estaleiro em Araçatuba, São Paulo, e a fabricação de 20 comboios de barcaças destinadas ao transporte de etanol. A licitação foi vencida por R$ 430 milhões por um consórcio de empresas investigado pela Lava Jato.

Os procuradores que atuam no caso entendem haver indícios do envolvimento de Lula e Dilma no direcionamento do contrato para a cidade de Araçatuba. Como a Justiça ainda não decidiu em qual Estado o processo deve tramitar (São Paulo ou Rio de Janeiro) e como ambos não responderam a questionamentos, os procuradores entraram com a ação para evitar que o crime de improbidade expire. Procurados por EXPRESSO, Lula e Dilma não quiseram se manifestar.

De Nonato Viegas, ÉPOCA

Nota do Enem 2015 sai no dia 8 de janeiro


MEC comunicou a data em sua página no Twitter; mais de 5,7 milhões de pessoas fizeram as provas do Exame Nacional do Ensino Médio neste ano.

O Ministério da Educação informou nesta quinta-feira que as notas do Enem 2015 serão divulgadas no dia 8 de janeiro. O comunicado foi publicado de forma bem humorada na página do Twitter do MEC. "Nós entendemos a ansiedade de vocês e não poderíamos passar o Natal sem divulgar a data do resultado", diz o tuíte. Até então a informação que se tinha era de que as notas sairiam no início de janeiro. O exame foi realizado nos dias 24 e 25 de outubro por mais de 5,7 milhões de candidatos.

De educação, VEJA

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Governo cria gabinete de crise para enfrentar caos na saúde no Rio


RIO DE JANEIRO - O ministro da Saúde, Marcelo Castro, anunciou a criação de um gabinete de crise interministerial para resolver a crise dos hospitais no Rio de Janeiro. Castro também anunciou que o governo vai distribuir repelentes para as grávidas como medida de combate ao zika vírus, que provoca a microcefalia.

A presidente Dilma Rousseff cancelou a viagem que faria hoje à capital fluminense para comandar a reunião sobre o caos na saúde fluminense com Marcelo Castro e os ministros da Fazenda, Nelson Barbosa, e da Casa Civil, Jaques Wagner.

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e o prefeito da cidade, Eduardo Paes, participaram da reunião por teleconferência. Os presidentes do Banco do Brasil, Alexandre Abreu, e da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior, também participaram da reunião. Em entrevista recente no Rio, Pezão declarou que precisa de R$ 300 milhões para reabrir emergências e de, no mínimo, R$ 1 bilhão para regularizar todos os serviços. Pezão também afirmou que aguarda dois repasses do Ministério da Saúde, cada um no valor de R$ 45 milhões...

De Andrea Jubé e Robson Sales, VALOR ECONÔMICO


Lewandowski recebe Cunha e diz que Supremo não faz “exercício de futurologia”


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, decidiu receber o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de portas abertas, inclusive para a imprensa, atitude incomum em encontros desta natureza.

Com isso, os dois acabaram tendo uma conversa protocolar na qual Cunha pediu pressa na publicação do acordão sobre o rito do impeachment, definido pelo Supremo, e o ministro explicou que os prazos legais do Supremo para isso.

Foram 30 minutos de conversa e Cunha não esperava que a audiência fosse aberta. Ele chegou a pedir ao ministro para que o encontro fosse reservado, no entanto, Lewandowski não cedeu, alegou que reuniões administrativas dos ministros são abertas e que havia interesse da imprensa em acompanhar o encontro.

Cunha disse ao ministro que muitos deputados têm dúvidas sobre detalhes do rito definido e que essas dúvidas precisariam ser dirimidas para se dar celeridade ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. O ministro disse a Cunha que, na sua opinião, as decisões tomadas não deixam margem para dúvida...

De Luciana Lima, ÚLTIMO SEGUNDO

Meu pedaço de terra: a Ahlam, Sahar e Ahmad só restam lembranças da Síria


Uma pequena família fugiu da guerra civil na Síria. Hoje, a mãe e seus dois filhos vivem em um alojamento para refugiados em Bonn, onde esperam pela chegada do pai.

Milhares de refugiados chegam atualmente à Alemanha. São pessoas que deixaram para trás amigos e família, trabalho e casa – e isso talvez para sempre. Em nossa série de reportagens "Meu pedaço de terra", apresentamos aqui alguns refugiados e suas histórias, sob suas perspectivas: subjetivas e sem julgamentos. E mostramos que eles, apesar de uma fuga perigosa, trouxeram consigo um objeto: o "pedaço de terra" que puderam carregar.

Uma foto de família: os olhos de Ahlam e seus fihos, Sahar e Ahmad, brilham. O contraste com a história de sua fuga da Síria não poderia ser mais radical. "Às duas horas da madrugada, chegaram os aviões", conta a garota Sahar, de 14 anos. "E bombardearam nossa casa, da qual só sobraram escombros e cinzas". Ela fala um pouco de alemão e um pouco de inglês, o que é suficiente para relatar os fatos.

Nem sua mãe, Ahlam, sabe dizer quem ordenou o bombardeio. Já faz um ano desde que o mundo, para ela, desmoronou. A família fugiu. Uma fuga que acabaria se tornando uma verdadeira odisseia. De início, Ghaleb, o marido de Ahlam, ainda estava junto da mulher e dos filhos. Os pais juntaram todo o dinheiro que tinham e seguiram pela Síria rumo à Turquia...

De mundo, DW

Banco Santander entrega bolsas de estudos a universitários em Interlagos


O banco Santander Brasil entregou nesta sexta-feira no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, cem bolsas de estudos aos universitários com melhor rendimento de 47 faculdades do país para que estudem um semestre no exterior.

O programa de ajuda internacional Fórmula Santander contou um ano mais com a presença do bicampeão de Fórmula 1 Fernando Alonso, que continua sendo padrinho da iniciativa.

"Trabalhar no exterior, conhecer novas culturas e novas pessoas é uma coisa impagável", disse Alonso aos estudantes.

A entrega foi feita pelo presidente do Santander Brasil, Jesús Zabalza, que elogiou o compromisso da entidade com a internacionalização do mundo universitário, assim como pelo reitor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Julio Cezar Durigan.

Esta sexta edição do programa, cuja cerimônia é realizada tradicionalmente no autódromo de Interlagos, teve 18 mil inscritos, cerca de 11% mais que no ano passado.

De universidades, EFE BRASIL

BC vê inflação acima do centro da meta em 2017 e reforça chance de alta de juros em janeiro


BRASÍLIA - O Banco Central já não vê a inflação no centro da meta em 2017, destacando em seu Relatório de Inflação que conduzirá uma política monetária "especialmente vigilante", o que fortalece a possibilidade de novo aumento de juros já na próxima reunião do Copom, em janeiro.

Diante da crescente desancoragem das expectativas do mercado para o avanço do IPCA, alimentada por conturbado ambiente político e fiscal no Brasil e por um ajuste de preços relativos considerado mais demorado e intenso, o Banco Central havia esticado em outubro o horizonte de convergência da inflação a 4,5 por cento para 2017 ao invés de 2016.

Mas no documento divulgado nesta quarta-feira, passou a ver o IPCA a 4,8 por cento em 2017. No último relatório, de setembro, o BC enxergava o índice em 4,0 por cento no terceiro trimestre de 2017...

De Marcela Ayres e Camila Moreira, REUTERS BRASIL

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Cunha descarta renúncia e diz que operação da PF centrada em PMDB é "estranha"


O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), descartou nesta terça-feira renunciar ao cargo após a Polícia Federal realizar buscas e apreensões em residências do deputado e classificou de “estranha” a operação da PF, que também teve como alvo ministros e parlamentares do PMDB.

Em tom bastante duro durante entrevista na Câmara, Cunha também disse que o PT, partido da presidente Dilma Rousseff, realizou um “assalto” no país e classificou de nula a decisão do Conselho de Ética da Câmara, que aprovou prosseguimento de processo que pede sua cassação, garantindo que irá recorrer desta deliberação do colegiado.

"De jeito nenhum", disse Cunha a jornalistas quando questionado se renunciaria à presidência da Câmara.

“Estou dizendo desde março que fui escolhido para ser investigado, eu sou o desafeto do governo e me tornei mais desafeto ainda à medida em que dei curso ao processo de impeachment”, disse Cunha...

De Leonardo Goy, REUTERS BRASIL

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Ato na Praça Portugal pressiona políticos pelo impeachment


Entre 5 e 6 mil pessoas se reuniram na Praça Portugal, na tarde de ontem, para pedir o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A estimativa é da organização do protesto. A Polícia Militar afirmou não ter calculado o número de pessoas presentes. Segundo o tenente-coronel Andrade Mendonça, porta-voz da PM, 120 policiais militares - do Raio, Choque e Ronda do Quarteirão - fizeram a segurança do evento.

O número é inferior ao contabilizado pela própria organização no protesto anterior, realizado em agosto deste ano. Na época, falou-se em 50 mil pessoas. Ao contrário de ontem, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) se manifestou afirmando ter pelo menos 15 mil manifestantes.

A organização afirmou ao O POVO que esperava um número bem menor já que os organizadores tiveram apenas 8 dias para levar a mobilização às ruas. O movimento deve ser o último protesto do ano. O próximo está marcado para o dia 13 de março, um mês após a volta do recesso parlamentar. O foco da mobilização continuará sendo o impeachment da presidente...

De Wagner Mendas, O POVO

Intervenção no processo do impeachment põe o Supremo em posição estratégica e delicada


A primeira intervenção do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), suspendendo a formação da comissão que vai analisar o caso na Câmara dos Deputados, coloca a Corte em posição delicada – e estratégica – sobre o rito a ser seguido. Depois do pedido protocolado pelo PCdoB, o ministro Luiz Edson Fachin suspendeu o andamento da comissão e levou a decisão para o plenário do STF.

Em jogo, como aponta Fachin, estão pontos a serem esclarecidos antes de a ação seguir em frente. Segundo ele, já havia uma série de questionamentos protocolados na Corte. Um deles é a possibilidade de a presidente apresentar defesa prévia no momento de recebimento da denúncia pela Câmara (o que não ocorreu). Outro ponto é sobre a votação para formação da comissão (aberta ou secreta); o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decidiu que seria secreta.

Um terceiro ponto é se Dilma tem de ser afastada caso o plenário da Câmara acolha a denúncia, ou se isso só ocorreria na segunda fase, a do julgamento em si, que é de responsabilidade do Senado. Segundo o site “Jota”, em 1992, quando o presidente Fernando Collor foi afastado, a palavra final caberia ao Senado.

Por esses pontos, Fachin defende que é dever do STF se posicionar para evitar que o procedimento do impeachment seja questionado futuramente...

De vida pública, GAZETA DO POVO

domingo, 13 de dezembro de 2015

Presidente sírio se mostra aberto a negociar a paz, mas não com terroristas


O presidente da Síria, Bashar al Assad, afirmou que seu governo está disposto a negociar uma solução política para a guerra que afeta seu país, mas não com organizações terroristas, e que não cogita deixar a Síria sob nenhuma circunstância.

Em entrevista exclusiva à Agência Efe, o líder sírio deixou aberta a via do diálogo, quando se aproxima um momento crítico dentro dos esforços internacionais encaminhados a pôr fim a um conflito bélico que entrará em breve em seu quinto ano e que causou várias centenas de milhares de mortes.

Reforçado no plano militar pela recente ajuda russa, Assad lembrou sua exigência de que, primeiro, é preciso acabar com a rebelião armada e, depois, dialogar "com uma oposição real, nacional e patriótica, que tenha suas raízes na Síria e que só se relacione com os sírios, não com qualquer outro Estado ou regime no mundo".

O presidente sírio cobrou que as potências ocidentais se concentrem em parar "o fluxo de terroristas" que chega a Síria e Iraque, "especialmente através da Turquia", assim como o "volume de dinheiro saudita e catariano" que, segundo ele, financia as atividades dos extremistas de ideologia sunita radical...

De José Antonio Vera e José Manuel Sanz. Damasco, EFE BRASIL

Racismo ostentação? Como operam os grupos que incitam ódio na internet


A investigação do Ministério Público de São Paulo sobre os ataques racistas à jornalista Maria Júlia Coutinho acabou revelando uma dinâmica até então desconhecida sobre como operam grupos por trás de crimes de ódio na internet.

À BBC Brasil, o promotor Christiano Jorge Santos, que conduz as investigações desde o início, disse que o principal trunfo da "Operação Tempo Fechado" foi identificar quem são e como se comportam os membros de grupos secretos que articulam comentários racistas ou homofóbicos no Facebook.

"A novidade é a confirmação que de que há grupos organizados. Não se trata de uma ação espontânea, que ganha volume em cadeia. São organizações criminosas com distribuição nacional, literalmente do Rio Grande do Sul ao Amazonas."

Até agora, 25 mandados de busca e apreensão foram realizados em oito Estados - Amazonas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. A operação envolveu mais de 20 promotores de justiça ligados a grupos de combate ao crime organizado do MP, além de dezenas de policiais...

De Ricardo Senra, BBC BRASIL

Na capital dos EUA, um escândalo expõe o desperdício do dinheiro público


Construção de um sistema de transporte público que vai do nada para lugar algum, contratos com cláusulas secretas com construtora, deterioração de trens, planejamento precário de obras e uma escalada de valores traduzida como assalto ao bolso do contribuinte. Tudo isso na capital da maior economia do mundo ocidental, apresentada com freqüência no Brasil como modelar.

A expansão do streetcar, ou bonde moderno, em Washington, anunciada na virada da década passada e apresentada como solução para a mobilidade urbana na cidade de quase 700 mil habitantes – com outros 400 mil trabalhando no Distrito de Columbia e morando em subúrbios nos estados de Virgínia e Maryland – se tornou uma tremenda dor de cabeça para o Partido Democrata.

Em agosto de 2013 o Departamento de Estado convidou jornalistas, (este incluso) para testemunhar os avanços do transporte público local. A jóia da coroa eram então os trilhos do moderno streetcar, uma iniciativa da prefeitura, comandada durante todo o período pelo Partido Democrata, localizados no bairro histórico de Anacostia, habitado por negros desde antes do fim da escravidão, “um modelo para o futuro do transportes de massas no país”, que teria ao fim 64 quilômetros de extensão.

Nesta semana o jornal Washington Post, a partir de documentos adquiridos através do Freedom of Information Act, denunciou o atraso de um projeto que dura nove anos, já custou 200 milhões de dólares aos cofres públicos e está parado desde o ano passado, com os bondes sendo utilizados apenas para testes eventuais...

De por Eduardo Graça, CARTA CAPITAL

Manifestantes voltam às ruas para pressionar pelo impeachment


Os grupos que levaram centenas de milhares de brasileiros às ruas no primeiro semestre deste ano para protestar contra o governo da presidente Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores voltam neste domingo a se manifestar. Desta vez, o mote é o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff acolhido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no dia 8. O objetivo dos manifestantes é pressionar o Congresso a dar prosseguimento à ação que pode resultar no impedimento da petista. De acordo com informações dos movimentos Vem pra Rua e o Movimento Brasil Livre (MBL), há atos confirmados em mais de 100 cidades nos 26 Estados e no Distrito Federal.

Os organizadores das manifestações esperam que menos pessoas saiam às ruas neste dia 13 - sobretudo porque houve pouco tempo para divulgação dos atos. Por isso, as lideranças tratam a manifestação como um "esquenta" para um mega ato, cuja data deve ser anunciada neste domingo. "Fomos nós que impusemos essa agenda no Congresso. Nenhum partido comprava a ideia antes, mas desde o início nós estávamos gritando 'Fora Dilma'. O Brasil não aguenta mais esse governo", afirmou Renan Haas, do MBL.

Segundo ele, além de pedir o afastamento de Dilma, os atos centrarão fogo nos deputados contrários ao impeachment, de acordo com a base eleitoral de cada um. "Aqui, em São Paulo, por exemplo, será 'Fora Dilma e leva o [Celso] Russomanno com você'. No Rio, será contra o [Leonardo] Picciani, e por aí vai". Também haverá reivindicações pela destituição do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e pela não intervenção do Supremo Tribunal Federal no rito do impeachment...

De Eduardo Gonçalves, VEJA

A tropa do atraso que atrapalha o Brasil


Um verdadeiro tumulto tomou conta do plenário da Câmara dos Deputados na tarde da terça-feira 8. Contrariando a base governista, o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acabara de anunciar novas regras para a eleição da comissão responsável por analisar o pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Em vez de aberta, a votação seria secreta. Além disso, à revelia das indicações dos líderes partidários, candidaturas avulsas poderiam se inscrever. A derrota do governo se aproximava e, descontrolados, parlamentares aliados descontaram, literalmente, a indignação nas urnas e quebraram mais da metade dos equipamentos. Na tentativa de evitar que a votação ocorresse, eles ocuparam as cabines. Como se estivessem em uma praça de guerra, não no plenário do Congresso, rivalizaram com opositores, diante de seguranças atônitos. De um lado, gritos de “Golpe, golpe, golpe”, de outro “Petistas, vão pra Papuda”. Foram cenas protagonizadas por políticos que agem movidos por interesses próprios, seja a manutenção de poder na Casa seja por cargos no Executivo, hoje na berlinda diante do risco que corre a presidente de sofrer um impeachment.

Após a proclamação do resultado de 199 votos favoráveis ao governo e 272 contra, a ala do PMDB inclinada ao impeachment, liderada pelo deputado Lúcio Vieira Lima (BA), comemorou não só a nova derrota do Planalto, mas também o enfraquecimento do então líder da sigla na Casa, Leonardo Picciani (RJ), que evitara a indicação de nomes abertamente contra o governo para a comissão especial. Ao lado do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, Picciani compõe a tropa de choque do atraso contra o impeachment. Nos últimos dias, o trio fez toda a sorte de articulações no sentido de preservar a presidente. Ao contrário das alas do PMDB que querem retomar o protagonismo da legenda fundamental nas Diretas e para a redemocratização, construindo uma unidade nacional para tirar o Brasil da crise, esse grupo deseja que a sigla permaneça a reboque do Planalto. Não por um projeto de País, mas sim motivados por conveniências bem particulares. Em Brasília, Picciani passou a ser tachado de rei do fisiologismo, depois que se converteu ao governismo. Não por acaso. Além de endossar as indicações de Celso Pansera, para o ministério da Ciência e Tecnologia, e Marcelo Castro para a Saúde, Picciani emplacou afilhados políticos no Departamento Nacional de Produção Mineral, na Companhia Docas, na Companhia Nacional de Abastecimento e no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.

Ao contrário de Picciani, que depois de destituído da liderança do PMDB na última semana passou a trabalhar incessantemente para recuperar o posto, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tem buscado ser discreto em meio ao cenário conturbado. Quer a crise longe da Casa. Não à toa, tratou de resolver em poucas horas o destino do colega Delcídio do Amaral (PT-MS), preso pela Polícia Federal acusado de sabotar a Operação Lava Jato. Aliado que é do governo, Renan não entrega seu apoio a preço de banana. Aproveita um governo tonto com as pancadas que tem levado para manter o apoio a Dilma em troca da influência em postos estratégicos em estatais e na Esplanada dos Ministérios. Não se sabe até quando, mas hoje o comportamento de Renan se guia pelos interesses do Planalto. Na avaliação do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), Renan é um dos mais fiéis escudeiros do governo. Os tucanos acreditam que a tal Agenda Brasil, aquele o conjunto de propostas sugeridas pelo senador para tirar o Brasil do atoleiro, foi uma iniciativa pensada para desviar o foco da crise. Como se vê, não foi possível...

De Mel Bleil Gallo e Marcelo Rocha, ISTO É

Deputado quer explicações do ministro da Justiça e da PF sobre encontro com policiais de Curitiba


O deputado Alexandre Baldy (PSDB-GO) afirmou neste sábado (12) que vai apresentar, na próxima segunda-feira (14), requerimento para que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, preste esclarecimentos sobre viagem secreta ao Paraná e o encontro que manteve com policiais federais com ligações com a Lava Jato, em Curitiba, na madrugada de terça-feira (8), conforme revelou reportagem desta edição da Revista Época.

A convocação do ministro será apresentada na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados. O deputado tucano também apresentará requerimentos de convite ao diretor-geral da PF, Leandro Daiello, ao diretor de Combate ao Crime Organizado, Maurício Valeixo, e ao superintendente da PF em Curitiba e chefe dos delegados da Lava Jato, Rosalvo Branco. Daiello e Valeixo acompanharam Cardozo na viagem. O parlamentar também vai apresentar à Mesa da Casa pedido de explicações sobre o ocorrido tanto ao Ministério da Justiça quanto à Polícia Federal.

"É de conhecimento geral que a operação Lava Jato envolve grandes nomes do Partido dos Trabalhadores (PT) e qualquer tentativa de aproximação e pressão por parte do governo deve ser explicada e até mesmo investigada. Pois, como cita a reportagem, 'o encontro na penumbra ficou fora da agenda oficial do ministro'. A população precisa saber se há interesses extraoficiais", afirma o deputado...

De lava-jato, ÉPOCA

Acordo climático global sela rompimento com combustíveis fósseis


PARIS - Embaixadores globais do clima fecharam um acordo marcante neste sábado, estabelecendo o curso para uma transformação "histórica" da economia baseada no combustível fóssil do mundo dentro de algumas décadas, em uma tentativa de deter o aquecimento global.

No final do ano mais quente já registrado e após quatro anos de negociações tensas ONU muitas vezes opondo os interesses dos países ricos contra pobres, ilhas ameaçadas contra potências econômicas, o chanceler francês Laurent Fabius levou apenas alguns minutos para declarar o pacto adotado para os aplausos de pé e assobios de delegados de quase 200 nações.

Aclamado como o primeiro acordo verdadeiramente global sobre o clima, comprometendo países ricos e pobres a frear aumento das emissões responsáveis ​​pelo aquecimento do planeta, que define uma meta abrangente de longo prazo de eliminar a produção de gás de efeito estufa pelo homem neste século.

O acordo também cria um sistema para encorajar países a intensificar esforços nacionais voluntários para reduzir as emissões, e oferece bilhões de dólares para mais ajudar nações pobres a lidar com a transição para uma economia mais 'verde'...

De Emmanuel Jarry, Bate Felix, Lesley Wroughton, Nina Chestney, Richard Valdmanis, Valerie Volcovici, Bruce Wallace e David Stanway, REUTERS BRASIL

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Eleição de comissão sobre impeachment é adiada, governistas acusam manobra de Cunha


A eleição da comissão especial da Câmara dos Deputados que analisará o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff foi adiada nesta segunda-feira, o que levou líderes da base governista a acusarem o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de realizar uma "manobra" em conluio com a oposição.

O adiamento levou o governo a convocar reunião de emergência com lideranças da base para discutir o assunto.

A eleição, inicialmente prevista para esta segunda-feira, foi adiada para a terça, em um movimento que também pode arrastar ainda mais a decisão do Conselho de Ética da Câmara sobre dar ou não andamento a um processo que pede a cassação de Cunha por quebra de decoro parlamentar.

“Não aceitamos esse tipo de manobra. É uma oposição que não tem voto para fazer o que quer e faz esse conluio alterando a regra do jogo com o presidente da Casa, para evitar a eleição da comissão hoje”, disse o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE)...

De Leonardo Goy e Lisandra Paraguassu, REUTERS BRASIL

Justiça proíbe cobrança de taxa de financiamento de veículos no Ceará


Os consumidores de Fortaleza não terão mais que pagar a taxa de financiamento de veículos recolhida pela Central Estadual de Registro de Contratos de Alienação Fiduciária (Cecaf), após determinação judicial. O Ceará é o único estado que faz a cobrança da taxa, que passa a ser ilegal. O valor pode chegar a R$ 600.

Consumidores que pagaram a taxa a partir de 2010 poderão ter o valor ressarcido, para isso, é preciso recorrer na Justiça reivindicando a devolução do valor. De acordo com a determinação judicial, da 10ª Vara Federal, o valor deve ser devolvido com correções e juros.

Em outubro deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) negou pedidos para que os contratos de financiamento de veículos fossem registrados também em cartórios e não somente nos Departamentos de Trânsito (Detrans) estaduais, como ocorre atualmente. A decisão se aplica às operações de alienação fiduciária, na qual o veículo fica registrado em nome do banco até que o comprador quite todas as parcelas do financiamento...

De Ceará, G1.GLOBO.COM



domingo, 6 de dezembro de 2015

Em São Paulo, Macri defende "desideologização" do Mercosul


O presidente eleito da Argentina, Mauricio Macri, defendeu nesta sexta-feira em São Paulo uma "desideologização" do Mercosul e instou os sócios do bloco a caminhar rumo a objetivos "concretos".

"Estou aqui para trabalhar, 'desideologizando' a região, caminhando rumo a coisas concretas que estreitem o comércio, o intercâmbio cultural e o intercâmbio educativo", declarou Macri durante um encontro com empresários brasileiros, no marco de sua primeira viagem ao exterior após ter vencido as eleições do último dia 22 de novembro.

Macri, que previamente havia se reunido com a presidente Dilma Rousseff, lamentou que a "real integração" do bloco - formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela- tenha se dilatado nas últimas décadas e pediu para que se transforme o Mercosul "em uma realidade".

"Cometemos um grave erro fazendo esta armadilha sistemática a este compromisso ao qual chamamos Mercosul", assinalou...

De América do Sul, EFE

Eleitores de Araripe(CE) voltam às urnas no próximo domingo


Os eleitores de Araripe, a cerca de 530 quilômetros de Fortaleza, voltam às urnas, neste domingo, 6, para eleger o prefeito e o vice-prefeito. A eleição suplementar será realizada em decorrência de decisão do Pleno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em setembro último, que ratificou decisão da Corte do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE), mantendo a cassação do prefeito e do vice-prefeito de Araripe, José Humberto Germano Correia e Guilherme Lopes de Alencar, e determinando a realização de novas eleições.

A eleição suplementar, que havia sido marcada para o dia 17 de maio, fora suspensa por decisão liminar concedida pelo ministro do TSE, João Otávio de Noronha, também derrubada pelo Pleno do TSE, ainda em setembro. O prefeito e o vice-prefeito foram cassados pelo TRE-CE, por abuso de poder político, em face da contratação de servidores públicos em caráter temporário, no período vedado por lei. Em março deste ano, por unanimidade, a Corte do TRE-CE deu provimento à petição que determinou a realização de eleição suplementar, decisão depois ratificada pelo TSE...

De eleições, O ESTADO

"O país não sai da crise com Dilma e Cunha", diz Jarbas Vasconcelos


Aos 73 anos, o deputado federal Jarbas Vasconcelos é, ao mesmo tempo, opositor ferrenho de Dilma Rousseff e de Eduardo Cunha. Enquanto a maioria dos políticos do Congresso Nacional escolheu um lado na guerra entre a petista e o peemedebista, o ex-governador pernambucano critica com contundência a permanência de Cunha no comando da Câmara e defende com veemência o impeachment de Dilma. “Ele é um psicopata sem limites, que consumou um processo explícito de chantagem e assédio. Ela, por sua vez, permitiu que se fizesse aquilo, oficializasse a chantagem. Não pode estar se fazendo de santinha.”

Jarbas recebeu o Correio na quarta-feira — horas antes de Cunha acatar o pedido de abertura do impeachment de Dilma — e na quinta-feira, quando o Congresso já discutia uma eventual convocação extraordinária para contar prazos do processo. Na entrevista, ele avaliou as crises política, econômica e moral sem precedentes do país, o papel dos Três Poderes, a falta de qualificação de políticos da Câmara, um eventual governo de Michel Temer e revelou arrependimentos, como o de ter votado em Cunha para o comando da Casa no início da legislatura. “Eu devia ter procurado saber, até pela minha experiência. Eu errei, via o Cunha como um simples lobista, mas que tinha um discurso contra a hegemonia do PT”, disse ele, que é uma espécie de dissidente no PMDB, partido do qual foi fundador, ainda quando a legenda era chamada de MDB.

Ao longo da vida pública, o pernambucano Jarbas Vasconcelos alternou mandatos de deputado estadual, federal, senador, governador e prefeito do Recife. Nas urnas, ganhou de lavada para Miguel Arraes, mas perdeu de forma contundente, em 2010, para Eduardo Campos, neto do mitológico político. “Eduardo era um animal político, nós fomos para um total isolamento em Pernambuco; se persistíssemos naquilo, seríamos aniquilados nas eleições municipais de 2012”, disse Jarbas, que revelou pela primeira vez os bastidores da reaproximação com Eduardo Campos...

De Ana Dubeux , Denise Rothenburg , Leonardo Cavalcanti, CORREIO BRAZILIENSE

Calendário Pirelli valoriza mulheres de sucesso em 2016


Eleitas do calendário

Dessa vez não há nudez, e privilegiou-se o talento profissional de cada fotografada. Assim é o “Calendário Pirelli 2016”, em sua 43ª edição, apresentado à imprensa na semana passada em Londres. Reúne mulheres muito bem sucedidas em suas áreas de atuação, entre elas, Serena Williams, a tenista número um do mundo; a atriz Yao Chen, primeira chinesa embaixadora da boa vontade da ONU; a cantora e estrela do rock Patti Smith; e a atriz e comediante Amy Schumer. As imagens foram feitas por Annie Leibovitz, uma das mais conceituadas fotógrafas dos EUA.

De Antonio Carlos Prado e Elaine Ortiz, ISTO É

O que está em jogo nas eleições legislativas na Venezuela


Neste domingo, os venezuelanos irão às urnas eleger 167 deputados para a Assembleia Nacional. As eleições são decisivas porque pela primeira vez desde a eleição de Hugo Chávez, em 1999, existe uma possibilidade real de que a oposição saia vitoriosa do pleito, mesmo em setores tradicionalmente chavistas.

Pesquisas de intenção de voto apontam uma margem de diferença de 15 a 20 pontos percentuais de vantagem para a oposição, reunida na coalizão Mesa da Unidade Democrática (MUD).

Com uma minoria simples de 84 deputados - o cenário mais provável -, a oposição já teria a possibilidade de aprovar e revogar leis ordinárias, principalmente de cunho econômico, que possibilitariam a fiscalização do uso de recursos públicos, assim como pedir investigações sobre denúncias de corrupção no atual governo...

De Ana Carolina Peliz, BBC BRASIL

Casa Branca diz que não há provas sobre ligação entre atiradores da Califórnia e grupos organizados


A equipe do presidente Barack Obama ainda não encontrou provas de que os atiradores no tiroteio Califórnia faziam parte de um grupo organizado ou uma célula terrorista mais ampla, informou a Casa Branca em um comunicado.

"A equipe do presidente também afirmou que eles, até o momento, não descobriram nenhuma indicação de que os assassinos faziam parte de um grupo organizado ou de uma célula terrorista mais ampla", trouxe o comunicado.

A declaração acrescentou, porém, que a equipe tinha destacado "vários pedaços" de informação que "apontam para os perpetradores sendo radicalizados à violência".

Segundo o comunicado, o presidente se reuniu durante a manhã com o diretor do FBI James Comey, com a procuradora-geral Loretta Lynch, e com o secretário de Segurança Nacional Jeh Johnson.

De Idrees Ali, REUTERS BRASIL

Dirigentes de estatais constatam que empresas vão bem quando Dilma vai mal


No dia seguinte à abertura do impeachment contra Dilma, as ações das companhias subiram.

Dirigentes de duas das mais importantes estatais perceberam, na semana passada, que quando a chefe, Dilma, vai mal, as empresas vão bem. Dura realidade.

De Murilo Ramos, ÉPOCA

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

BC diz que tomará "medidas necessárias" para segurar a inflação e indica juros maiores


O Banco Central afirmou que tomará as "medidas necessárias" para controlar a escalada de preços independentemente da política fiscal e do cenário de incertezas, indicando que deve voltar a elevar os juros básicos em breve.

Ao mesmo tempo, a autoridade monetária piorou sua previsão para a inflação neste ano e em 2016, afirmando que ambas estão acima do centro da meta --de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos--, segundo ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta quinta-feira.

"Independentemente do contorno das demais políticas, o Comitê adotará as medidas necessárias de forma a assegurar o cumprimento dos objetivos do regime de metas (de inflação)", trouxe o documento, ressaltando que isso significa levar "a inflação o mais próximo possível de 4,5 por cento em 2016... e fazer convergir a inflação para a meta de 4,5 por cento em 2017"...

De Patrícia Duarte, REUTERS BRASIL

domingo, 22 de novembro de 2015

Ex-adversários, Marta e Serra trocam gentilezas


Adversários figadais na campanha municipal de 2004, José Serra e Marta Suplicy têm surpreendido os colegas do Senado pela troca de gentilezas e afinação em votações.

A ex-petista, recém-filiada ao PMDB partido do qual Serra se aproxima de olho em 2018 tem elogiado a atuação do tucano na Casa.

Outro dia, a psicóloga deu até um conselho ao ex-rival: que ele seja menos ansioso na hora de negociar a aprovação de seus projetos no plenário, porque isso facilitaria a boa vontade dos demais senadores.

De Vera Magalhães, colunista, VEJA

Lula embarcou o grupo Schahin no navio Vitória


O ex-presidente Lula foi o avalista de um acordo pelo qual o banco Schahin deletou uma dívida de R$ 12 milhões contraída pelo PT em troca de um contrato de US$ 1,6 bilhão com a Petrobras – mais especificamente, para operação do navio-sonda Vitória 10.000. A informação foi dada ao Ministério Público por representantes do grupo Schahin que se dispuseram a colaborar com a Operação Lava Jato. Quem montou esse esquema foi o empresário e pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula. Segundo os depoimentos, ele garantiu que, se o empréstimo fosse esquecido, o grupo Schahin seria favorecido no contrato sobre o navio-sonda. Tudo isso aconteceu em 2006, segundo os delatores, após a reeleição de Lula. Em fevereiro de 2015 ISTOÉ já noticiava com exclusividade que o Banco Central apontara diversas irregularidades em toda essa operação.

De Antonio Carlos Prado e Elaine Ortiz, ISTO É

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

No Twitter, ministra comenta proposta "excêntrica" de importação de jumentos


Em Missão na China, Kátia Abreu recebeu Investidor Chines fim de conhecer uma importação de um Milhão de burros por ano em Viagem oficial à China, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Katia Abreu, é reuniu Chinesas COM empresas promovido em hum cabelo Governo Seminário brasileira. Ou ordem de dois presentes hum Eu não encontrou Chamou a atençao dá COMENTÁRIOS Ministro e rendeu Twitter dela.

Ou cascas Investidor Importação de burros é interessou a China, mais ou Chamou Atenção foi ou número proposto por Ele: 1 Milhão de burros por ano. Um ministro pediu AINDA comentou ou Outro empresário, exigiram 10 mil toneladas de casca de tangerina por ano.

De economia, ÚLTIMO SEGUNDO

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Casos de microcefalia podem ter relação com o vírus zika, diz governo


O diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, disse nesta terça-feira (17) em entrevista à imprensa que atualmente existe uma forte relação entre a circulação do zika vírus e a ocorrência de casos de microcefalia em algumas regiões do País. De acordo com ele, resultados de exames feitos em dois fetos com microcefalia mostraram que as gestantes foram infectadas pelo zika.

“São duas gestantes com vírus zika no líquido amniótico cujas crianças têm microcefalia. Isso nos aponta fortemente para a correlação entre as duas coisas. Mas não permite ainda descartar completamente outras possíveis causas. Não vamos afirmar ainda, com certeza absoluta, que a causa é o vírus zika”, afirmou Cláudio Maierovitch.

Segundo ele, os testes foram feitos por anminiocentese, quando o líquido amniótico é retirado do abdome da mãe. Cláudio Maierovitch informou ainda que esses testes não são feitos rotineiramente por apresentarem riscos. Outras possíveis causas, de acordo com o diretor, seguirão sendo pesquisadas. O zika vírus é transmitido pelo mosquito da dengue, oAedes aegypti...

De Agência Brasil, ÚLTIMO SEGUNDO

Putin ordena liquidar todos os responsáveis por atentado contra avião russo


O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou localizar e liquidar todos os responsáveis pelo atentado terrorista contra o Airbus russo que caiu no Egito e matou 224 pessoas, informou nesta terça-feira o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

"O presidente encomendou aos serviços especiais que tomem todas as medidas para identificar todos que tiveram a ver com esse terrível atentado, buscar essas pessoas por todo o mundo, sem levar em conta sua localização ou o tempo que isso levará, e exterminá-los todos", disse Peskov aos jornalistas russos.

Questionado se a Rússia recorrerá a operações especiais com suas forças de elite em outros países, o porta-voz afirmou que "a Rússia não hesitará em fazer uso do artigo 51 do Estatuto das Nações Unidas, que regula o direito dos Estados à própria defesa, ao iniciar todas suas ações na luta contra o terrorismo, em estrito cumprimento das normas e dos princípios do direito internacional".

Mas, por enquanto, Peskov descartou o envio de tropas terrestres à Síria para lutar corpo a corpo contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI)...

De internacional, EFE

Para onde vai o PMDB?


"Não vai sair, não vai sair", respondeu o vice-presidente Michel Temer nesta terça-feira após jornalista perguntar se o PMDB vai deixar o governo Dilma Rousseff e lançar candidato próprio à presidente nas próximas eleições.

“2018 só em 2018”, disse ainda, indicando que essa não é uma decisão para agora.

As declarações foram dadas após seu discurso no congresso que a Fundação Ulysses Guimarães, braço de estudos do partido, realiza hoje em Brasília.

O evento, antes previsto para setembro – com potencial para causar forte ruído entre PMDB e o governo Dilma Rousseff –, foi esvaziado e adiado para agora. Ainda assim, oposicionistas declarados à aliança com o PT discursaram pela manhã cobrando o fim da parceria.

"O impeachment ou não impeachment não depende da gente, mas tem algo que depende. Não é o afastamento da Dilma Rousseff da Presidência da República, mas o afastamento do PMDB dela, para que possamos construir um partido que tenha discurso", disse o ex-ministro Geddel Vieira Lima.

A discussão sobre o desembarque deve ganhar novo destaque em março, quando o partido fará sua Convenção Nacional. Alguns acreditam que as eleições municipais do ano que vem seriam um momento oportuno para romper a aliança com o PT, desgastada pelo escândalo de corrupção na Petrobras e pela baixa popularidade da gestão Dilma...

De política, BBC BRASIL

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Gabrielli sabia de ‘acertos políticos’, diz operador do PMDB


O operador de propinas do PMDB Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano, afirmou em sua delação premiada que dois ex-diretores da Petrobrás, presos na Operação Lava Jato, disseram a ele que o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli sabia dos “acertos políticos” fechados para o projeto Revamp (Renovação do Parque de Refino), na Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, que teria envolvido o adiantamento de propinas para políticos.

“(Renato, ex-diretor de Serviços) Duque comentou assim como Nestor Cerveró (ex-diretor de Internacional), que Gabrielli tinha conhecimento também do projeto da Revamp e dos ‘acertos’ políticos”, disse Fernando Baiano, à Procuradoria Geral da República, no termo de delação número 5.

“Questionado qual seria o ‘acerto político’, ouviu dizer que na Revamp o Partido Progressista (PP) e o Partido dos Trabalhadores (PT) receberiam um valor considerável de propina”, registra a força-tarefa da Lava Jato, em delação anexada nesta segunda-feira, 16, nos autos da Operação Corrosão, 20ª fase da Lava Jato...

De Ricardo Brandt, Fausto Macedo e julia Affonso, AGÊNCIA ESTADO

Mariana: lembranças enterradas na lama


Com uma enxada na mão, Uliane Marcelino Tete, de 15 anos, revira a lama que cobriu sua casa no distrito de Paracatu, a 35 quilômetros do centro de Mariana. "Eu vim tentar recuperar alguma coisa que ficou, pra recordar os velhos tempos. Já achei algumas coisas, não é nada valioso, mas lembra o que a gente viveu."

A lama que devastou o vilarejo no último dia 5 de novembro ainda está instável, e quem caminha sozinho pela área corre o risco de ficar atolado. Na manhã deste domingo (15/10), alguns moradores retornaram ao cenário da tragédia em busca de objetos pessoais.

Arlinda Eunice, 39 anos, pisa sobre o que restou da casa onde morava com a mãe. "Nunca imaginava que nós seríamos expulsos daqui. Afinal, quem saiu daqui por vontade própria? Fomos expulsos pela lama. Está tudo destruído, não tem como recuperar nada."

Romeu Geraldo de Oliveira trabalhava na mina da Samarco quando ouviu pelo rádio que uma barragem havia rompido. Ele conseguiu chegar ao vilarejo antes da lama e ajudou a socorrer a família. "Eu não sabia a proporção que isso ia chegar aqui. A barragem estava a 60 km daqui, eu pensei que a água fosse 'esparramar' e não chegaria aqui."

O acesso a Paracatu ainda é restrito. Máquinas da mineradora que operava as barragens Fundão e Santarém, a Samarco – controlada em parceria pela Vale e pela anglo-australiana BHP Billiton –, trabalham para recuperar pontes levadas pela enxurrada...

De notícias, DW

Engenheiro abandona a carreira e cria rede de calçados que fatura R$ 25 milhões


A insatisfação com a carreira escolhida e a vontade de empreender fizeram com que Breno Bulus abandonasse a engenharia civil e criasse a Outer Shoes. A rede de calçados aberta há 10 anos conta com 22 lojas franqueadas e um faturamento, no último ano, de R$ 25 milhões. Os calçados são responsáveis por 90% da receita da marca, que também vende cintos, carteiras e bolsas.

“Eu já tinha dúvida de seguir na área desde o vestibular e tive um case de sucesso na minha família. Meu irmão empreendeu em outra área e foi muito bem. Isso me inspirou a abrir meu próprio negócio”, lembra Breno.

A ideia de apostar em calçados, mesmo sem ter qualquer experiência prévia na área, foi por ter dificuldade de encontrar produtos que satisfizessem seu gosto e perceber aí um mercado que poderia ser atendido. “Eu sentia falta de calçados com design despojado. O mercado era muito conservador, com produtos muito previsíveis. Tinha dificuldade de achar coisas legais”,..

De Por David Frare, ÚLTIMO SEGUNDO

Ministro da Fazenda cita Chico Buarque para negar 'erro' na economia


Em meio a rumores sobre sua possível substituição do cargo, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou neste domingo que permanece no cargo "até segunda ordem". "Estou navegando", disse o titular da economia a repórteres ao fim do primeiro dia da cúpula do G20, em Antália, na Turquia.

Com projetos do pacote de ajuste fiscal em ritmo lento no Congresso e sob "fogo amigo" de setores da base aliada e do próprio PT, Levy se disse "otimista" e citou a aprovação pela Câmara dos Deputados, na semana passada, de projeto que para regularização de recursos de brasileiros não declarados no exterior, uma das medidas da cesta de austeridade.

O ministro relacionou à atual recessão no país – o PIB deve cair ao menos 2,8% em 2015, pela previsão oficial – ao ambiente de incerteza gerado pelo ajuste fiscal e medidas que precisam ser aprovadas. Citou até trechos de A Banda, de Chico Buarque, para explicar sua tese.
...
Sobre informações veiculadas na imprensa atribuídas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teria dito que o ministro tem "prazo de validade vencido", Levy afirmou que "certas coisas não são verificáveis", mas pontuou: "Nunca tive grandes diferenças com o presidente Lula".

De Thiago Guimarães, BBC BRASIL

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

MPF diz que compra de Pasadena pela Petrobras pode ser cancelada


Os investigadores da operação Lava Jato encontraram provas que indicam o recebimento de propina por parte de ex-funcionários da Petrobras em relação à compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, o que pode resultar no cancelamento do negócio, disse o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, do Ministério Público Federal, nesta segunda-feira.

"Pudemos aprofundar as investigações e nós já temos nomes de funcionários e colaborações que indicam o recebimento de propinas", disse o procurador em entrevista coletiva em Curitiba, onde estão concentradas as investigações da Lava Jato.

"É importante este caso porque, quem sabe, com estas provas, nós consigamos, talvez, ou anular a compra, ou quem sabe talvez ressarcir o patrimônio público brasileiro", acrescentou.
...
A compra da refinaria de Pasadena é um dos alvos da nova etapa da operação Lava Jato, deflagrada nesta segunda, assim como a construção da Rnest, refinaria também conhecida como Abreu e Lima. 

De Por Sérgio Spagnuolo, REUTERS BRASIL

Parecer contra Cunha é protocolado no Conselho de Ética


BRASÍLIA ­ O parecer do deputado Fausto Pinato (PRB­SP), favorável ao prosseguimento da representação contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB­RJ), foi protocolado no Conselho de Ética na manhã desta segunda­-feira.

Conforme já anunciado pelo relator, que dizia haver indícios “muito fortes” contra o pemedebista, o parecer é pela admissibilidade da representação de PSOL e Rede pela cassação de Cunha por omissão de patrimônio e por mentir à CPI da Petrobras sobre a existência de contas no exterior.

O relatório será discutido no Conselho de Ética, onde aliados do pemedebista pretendem pedir vistas do processo. Com isso, é provável que a votação do parecer fique apenas para a próxima semana. Aprovado o parecer pela admissibilidade, inicia­-se a fase de acusação e coleta de provas, além de apresentação de documentos pela defesa. O processo todo tem 90 dias para ser concluído, prazo que deve se esgotar até abril de 2016.

Se o parecer pela admissibilidade for rejeitado pelos aliados do pemedebista, os deputados que fazem oposição a Cunha podem recorrer ao plenário, com o apoio de pelo menos 52 deputados ­ número que, em tese, não seria difícil de conseguir após o PSDB, com 54 parlamentares, romper com o presidente da Câmara. Neste caso, o parecer pela admissibilidade seria votado diretamente em plenário, que decidiria sobre a continuidade, ou não, do processo.

De Por Raphael Di Cunto, VALOR

Irene Ravache faz desabafo sobre o PT: "A maior decepção da minha vida"


E falar em política, nos dias de hoje, pode realmente ser revelador. Os que estavam de um lado, querem ir pro outro, os do meio não sabem pra que lado ir e, enquanto isso, tentamos manter a integridade em um Brasil cada vez mais complexo. E Irene Ravache comentou com o colunista Leo Dias, do jornal O Dia, sobre a decepção que teve com o PT. É a opinião de uma atriz, mas poderia muito bem ser de vários brasileiros:

“Foi uma das grandes, senão a maior decepção da minha vida. Pelo menos como cidadã. Comecei a ficar simpatizante do PT logo no iniciozinho dele, em São Bernardo (SP), na década de 80. Havia um discurso colocado em cima de questões éticas e não houve neste país nenhum partido de oposição que colocasse mais o dedo na ferida, como um cachorro guardião, do que o PT. Se nós tivéssemos hoje um partido de oposição como o PT foi, não duraria muito tempo. O PT tinha uma maneira de fazer suas colocações de uma forma tão clara, que por isso ele ganhou: vinha da classe simples, do operário… O nosso ex-presidente (Lula) veio de uma classe extremamente simples! Um operário. ”

“Quando o PT ganhou a presidência, curiosamente eu não havia votado no PT, mas fui festejar. Não votei, mas sabia que ele iria ganhar, e pensei realmente que nós iríamos acordar, que iríamos dar uma virada de página, e aí acabou acontecendo o que a gente está vendo até hoje. É uma decepção ver alguém pegar as tuas esperanças de ver um país melhor virando completamente o seu discurso, a sua atitude. É uma decepção muito grande! Você perde a crença em tudo. ”

“Todas as vezes em que acontecem esses escândalos que nós acompanhamos, seja pela televisão ou pelos jornais, cada vez que um partido fala, ele fala para ver como ele fica melhor na situação e não dá a sua voz para uma coisa melhor para o Brasil. Meus amigos estrangeiros dizem assim: “Mas como é que os brasileiros ainda não tiraram esse presidente da Câmara (Eduardo Cunha)?” Todos eles presos de alguma forma: ou por conchavos políticos ou pessoais, ou por ter algo que pode se tornar escândalo… Então, a única palavra que define é ‘corja’”, opinou a artista.

Por Cris Cordioli, coluna Leo Dias, JORNAL O DIA