terça-feira, 24 de março de 2015

“Dilma sabia sobre corrupção”



ESCÂNDALO: É o que afirmam 84% dos brasileiros, de acordo com pesquisa Datafolha

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha publicada ontem mostra que 84% dos brasileiros acreditam que a presidente Dilma Rousseff sabia sobre a corrupção na Petrobras, cuja privatização é rejeitada pela maioria dos entrevistados. Os números revelam que 61% acreditam que Dilma deixou que a corrupção ocorresse; 23% consideram que a presidente era consciente, mas não podia fazer nada para evitá-la; e 10% disseram que a governante “não sabia”, enquanto 6% não souberam responder.

Do grupo de entrevistados que declarou ter votado em Dilma no segundo turno das eleições de outubro, 74% ressaltaram que a presidente sabia sobre o esquema de corrupção, enquanto essa porcentagem chega a 94% entre os que votaram pelo senador opositor Aécio Neves, do PSDB. Questionados sobre uma eventual privatização da companhia petrolífera, 61% dos entrevistados se posicionaram contra, 24% defenderam sua venda, 5% se mostraram indiferentes e 10% não souberam responder.

Os dados mostram que uma eventual venda da companhia petrolífera seria rejeitada pela maioria dos brasileiros, independentemente do nível de renda, idade e escolaridade, e em todas as regiões do país, apesar das diferentes inclinações políticas. Além disso, 88% dos entrevistados consideraram que a corrupção na estatal prejudicará a Petrobras, a maior empresa do Brasil e responsável por uma parte significativa do PIB brasileiro.

De O Globo, O LIBERAL

terça-feira, 17 de março de 2015

Ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque volta a ser preso



Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras voltou a ser preso no início desta segunda-feira, quando teve início a décima fase da Operação Lava-Jato — que irá investigar crimes ligados à associação criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e fraude em licitação. A informação é do G1.

Duque foi preso em casa, no Rio de Janeiro. Nesta manhã, o empresário paulista Adir Assad, investigado pela CPI do Cachoeira, também foi preso. Ambas as prisões são preventivas. A PF cumpre 18 mandados desde as 6h desta segunda-feira no Rio de Janeiro e em São Paulo.

O ex-diretor deve chegar em Curitiba na tarde desta segunda. Ele ficará na carceragem da Polícia Federal — onde já estão o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró...

De política, DIÁRIO CATARINENSE

domingo, 15 de março de 2015

'Risco-país' cresce no Brasil a patamares de 2009



O agravamento das crises política e econômica tem reforçado preocupações no mercado que não se limitam ao âmbito doméstico. Investidores internacionais têm redobrado a cautela em relação ao Brasil, precificando um risco cada vez maior sobre os investimentos feitos no país. Em relação aos países latino-americanos que compõem a Aliança do Pacífico (Colômbia, Chile, México e Peru) houve, desde 2012, um desalinhamento entre o chamado "risco-país" da média desses países e do Brasil.

O risco mensurado pelos 'credit default swaps' (CDS), papéis que funcionam como uma espécie de seguro contra o calote de uma dívida de um país, o índice do Brasil atingiu, na sexta-feira, 301 pontos, o maior valor desde abril de 2009, auge da crise internacional - o patamar ideal é próximo de zero. Enquanto isso, a média dos países da Aliança do Pacífico terminou a semana em 136 pontos. "A diferença começou a aparecer ao longo de 2012, com a guinada na política econômica interna na direção do intervencionismo", afirmou Silvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria. "Cabe lembrar que esses países [da Aliança do Pacífico] têm mantido uma política econômica mais ortodoxa, colhendo os benefícios disso", acrescentou...

De Luis Lima, VEJA

segunda-feira, 2 de março de 2015

Obra do Cinturão das Águas do Ceará está parada


A principal obra hídrica do Ceará com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) está parada. Trata-se do Cinturão das Águas, que pretende levar água do rio São Francisco para todo o Ceará. A informação é do deputado Danilo Forte (PMDB). Segundo ele, entidades sindicais afirmam que a demissão de trabalhadores que atuam na obra coloca em cheque a capacidade de dar uma resposta para a demanda hídrica, dentre as ações estratégicas do Governo do Estado para o enfrentamento da seca por mais um ano. Diante dos fatos, parlamentares de oposição prometem cobrar explicações do Governo.

Sem citar valores, o peemedebista Danilo Forte foi o mais enfático ao considerar “um desrespeito da presidente Dilma Rousseff com a população cearense”. “Não tinha momento pior para o governo federal contingenciar os recursos do Cinturão das Águas numa das piores seca da história do Ceará. Justamente, uma obra que levaria água para atender uma das regiões mais carentes que é a microrregião do Sertão de Inhamuns no Sudoeste cearense”, reagiu, lembrando que o compromisso assumido por Dilma, durante a campanha eleitoral, foi de dar suporte às ações de combate à seca.

O deputado cobrou veemente que parlamentares do Estado tenham uma postura mais enérgica com o Planalto, a fim de garantir a continuidade da obra. Danilo Forte disse que o Ceará precisa estar preparado para reagir e não perder mais um empreendimento, citando a Refinaria Premium II – cancelado após o escândalo de corrupção na Petrobras. “Se faz necessário, mais uma vez, uma postura política dos cearenses indignados com relação a essa decisão que já vem na sequência do cancelamento da refinaria da Petrobras no Estado do Ceará”...

De política, O ESTADO

Dilma prevarica, e governo articula anistia a empresas, diz advogado



O governo articula uma "anistia ampla, geral e irrestrita" para as empreiteiras na Operação Lava Jato, que investiga desvios de recursos em contratos da Petrobras. O diagnóstico é de Modesto Carvalhosa, 82, advogado especialista em direito econômico e mercado de capitais, que há mais de 20 anos estuda a corrupção sistêmica na administração pública brasileira.

Ao se negar a aplicar a Lei Anticorrupção, a presidente Dilma Rousseff comete crime de responsabilidade, com o propósito de proteger as empreiteiras, defende Carvalhosa. "Ela infringiu frontalmente o Estado de Direito ao se negar a aplicar a Lei Anticorrupção porque quer proteger as empreiteiras", afirma. 

Com a falta de punição, prevê que as empreiteiras continuarão perdendo ativos, sofrerão multas no exterior e deverão ser declaradas inidôneas pelo Banco Mundia...

De Frederico Vasconcelos, FOLHA DE S. PAULO