sábado, 27 de junho de 2015

Cristiano Araújo, o cantor que ninguém conhecia, exceto milhões


A morte do cantor Cristiano Araújo, de 29 anos, e de sua namorada, a também artista Allana Coelho Pinto Moraes, de 19, em um acidente de carro na madrugada desta quartafeira chocou milhões de pessoas no Brasil, mas também provocou uma reação contraditória nas redes sociais.

O cantor —um dos representantes do sertanejo universitário— voltava de um show em Itumbiara, a 200 quilômetros de Goiânia, a capital do estado de Goiás, no Centro­Oeste. Seu carro capotou na BR­153 por volta das três da manhã, entre as cidades de Goiatuba e Morrinhos. No início da manhã, as redes de televisão já relatavam o ocorrido enquanto centenas de fãs deixavam suas mensagens de solidariedade na página oficial de Araújo no Facebook (que tem 6,3 milhões de seguidores). "Já sentimos sua falta. Quem nunca viveu um momento no qual Cristiano Araújo não estivesse cantando?", escreveu um deles. No entanto, milhares de outras pessoas nem entendiam o que estava acontecendo. Muitos nunca tinham ouvido o cantor e nem sabiam o nome dele. "Quem é esse?", "Nem sabia que existia", era a reação nas redes. "Sei quem é porque o taxista me contou", confessava uma mulher.

O pop sertanejo causa furor no Brasil e é capaz de lotar festas e shows em todo o país, um pilar do negócio musical após a crise das gravadoras. O grande momento desse gênero no mundo foi o sucesso da canção "Ai se Eu te Pego", de Michel Teló. Seus artistas aparecem hoje nos primeiros lugares de todas as listas de canções mais tocadas nas rádios do Brasil e estão entre as mais baixadas da Internet. Na lista de álbuns com mais downloads no iTunes, cinco dos 15 são de música sertanejo...

De Carlos Yárzon, EL PAÍS

Novos contratos do Fies caem 75% no 2º semestre e juros dobram


O governo federal reduziu em 75,6 por cento o número de novas vagas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) no segundo semestre em relação à primeira etapa de 2015 e praticamente dobrou os juros do programa.

O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, anunciou nesta sexta-feira que serão oferecidas 61,5 mil vagas na edição do Fies no segundo semestre. Assim, considerando os 252.442 contratos oferecidos na primeira metade do ano, o número de novos financiamentos em 2015 será de 313.942.

"Esperamos nos próximos anos manter neste patamar, esta é a intenção do governo", disse o ministro em vídeo publicado em sua página no Facebook.

No ano passado, o Fies teve 732.243 contratos, com desembolso de 13,75 bilhões de reais, considerando também as renovações, segundo dados do Fundo de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

O anúncio pesou sobre as ações de empresas de ensino listadas em bolsa paulista. Os papéis da Kroton Educacional fecharam em queda de 5,96 por cento, enquanto os da Estácio Participações perderam 4,83 por cento.

O diretor-executivo da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (ABMES), Sólon Caldas, ficou satisfeito com a disponibilização do Fies para a segunda metade do ano, lembrando que o governo chegou a cogitar em não fazer isso.
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Segundo o FNDE, as portarias e o edital com as regras para a abertura para novos contratos serão publicadas em 3 de julho, quando será informado o período de inscrições.

Segundo Caldas, da ABMES, as inscrições nesta nova etapa terão um sistema semelhante ao do Programa Universidade para Todos (Prouni).

De Juliana Schincariol e Paula Arend Laierm REUTERS

domingo, 21 de junho de 2015

Aécio lidera corrida presidencial com 35%, mostra simulação do Datafolha


O senador Aécio Neves (PSDB-MG) alcançou 35 por cento das intenções de voto, segundo simulação de eleição para presidente da República feita pelo Datafolha, publicada neste domingo pelo jornal Folha de S.Paulo.

O tucano tem dez pontos de vantagem sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em terceiro lugar, com 18 por cento das intenções, aparece a ex-senadora Marina Silva (PSB).

Luciana Genro (PSOL), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB) e Eduardo Jorge (PV) alcançaram 2 por cento cada um.

Aécio, que disputou o segundo turno com Dilma na última eleição, aparece na frente após a reprovação da presidente ter aumentado, segundo pesquisa Datafolha publicada no sábado.

O Datafolha também fez uma simulação de disputa presidencial com o nome do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), no lugar de Aécio.

Neste caso, Lula e Marina empatariam tecnicamente em primeiro lugar, com 26 e 25 por cento, respectivamente --a margem de erro do levantamento é de dois pontos para mais ou para menos.

Alckmin ficaria em terceiro lugar, com 20 por cento.

O Datafolha fez 2.840 entrevistas na quarta-feira e quinta-feira.

De política, REUTERS

Putin elogia aproximação Cuba-EUA e evita se pronunciar sobre Venezuela


O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta sexta-feira considerar um passo muito positivo a aproximação entre Cuba e Estados Unidos, e evitou se pronunciar sobre a situação na Venezuela, alegando que não é costume de seu país entrar em questões internas.

Putin, que concedeu uma entrevista aos presidentes das 12 maiores agências de imprensa do mundo, entre elas a Agência Efe, se apresentou com quatro horas de atraso, depois da meia-noite da sexta-feira, por isso se desculpou antes de começar a responder perguntas.

"Quero me desculpar que tenhamos passado da meia-noite, mas já sabem por que ocorreu. Tem a ver com o desejo dos meus colegas que vieram ao Fórum (Econômico Internacional de São Petersburgo) de debater diferentes assuntos. E é difícil interromper as reuniões", afirmou, dirigindo-se aos chefe das agências.

Os primeiros minutos da reunião foram transmitidos ao vivo pela televisão estatal russa. Depois, mudou o formato da reunião de Putin e seus convidados, que deixou de ser aberta e continuou a portas fechadas, sem possibilidade de gravação, publicação ou transmissão da mesma...

De agência EFE

Reprovação a Dilma bate recorde e chega a 65%


A avaliação da presidente Dilma Rousseff é considerada ruim ou péssima para 65% do eleitorado, segundo divulgou neste sábado o Datafolha. O porcentual é um novo recorde na série histórica do instituto desde janeiro de 2011, quando Dilma começou seu primeiro mandato. Em relação à pesquisa realizada em abril, a reprovação subiu cinco pontos porcentuais.

De acordo com o levantamento, realizado entre quarta e quinta-feira passadas, essa taxa de reprovação é a pior desde os 68% de ruim ou péssimo alcançados pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello em setembro de 1992, a poucos dias antes de seu impeachment. Como a margem de erro é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos, trata-se de um empate técnico.

O Datafolha apurou ainda que apenas 10% dos entrevistados classificam o governo da petista como bom ou ótimo, três pontos a menos do que o verificado em abril. Outros 24% consideram seu governo regular. O instituto entrevistou 2.840 pessoas em 174 municípios. Fonte: Estadão Conteúdo 

De política, ANSA

sexta-feira, 19 de junho de 2015

França fecha fronteira e esquenta crise na UE


Ventimiglia, uma pequena cidade italiana situada na fronteira com a França, está sendo palco de mais um episódio da crise migratória que tem deixado a Europa sem reação.

Neste domingo (14), cerca de 100 imigrantes protestaram no município contra a decisão das autoridades francesas de fechar a divisa para pedestres com a Itália, violando um dos pilares da União Europeia, que é a livre circulação entre seus Estados-membros.

Há dias que o grupo tenta cruzar a passagem e chegar à França, mas tem sido constantemente impedido pela polícia do país. Aos coros de "Direitos humanos!" e "Abram a fronteira!", os imigrantes são acompanhados pela Cruz Vermelha e por alguns jovens da região, que levam medicamentos, comida e roupas.

"É indigno deixar seres humanos assim, e acho que todos nós podemos contribuir para ajudá-los", diz a voluntária Irene. Durante as noites, o grupo se abriga nas rochas da ponte San Ludovico, onde fica a divisa entre os dois países.

As pessoas bloqueadas em Ventimiglia são provenientes sobretudo de Eritreia, Somália, Costa do Marfim e Sudão e desejam seguir para Alemanha, Áustria, Suécia e França, onde vivem seus parentes ou numerosas comunidades de suas nacionalidades.

"Paris está tratando os imigrantes como correspondências devolvidas para o remetente, é vergonhoso", afirma um comunicado de deputados do partido italiano Movimento 5 Estrelas (M5S). Nos próximos dias 25 e 26 de junho, o Conselho Europeu, órgão que reúne os chefes de Estado e governo das 28 nações da União Europeia, discutirá a resposta do bloco para a crise migratória.

Com a crescente oposição à proposta da Itália de redistribuir os imigrantes ilegais que chegam no país, o primeiro-ministro Matteo Renzi prometeu elevar o tom nos debates. "A nossa voz se fará ouvir. Se o Conselho Europeu acolher a solidariedade, ótimo. Do contrário, temos um plano B", disse.

De Itália, ANSA

Sindicatos já aceitam acordos com redução de salários


As condições do mercado de trabalho brasileiro se deterioraram a tal ponto que alguns sindicatos estão aceitando acordos coletivos que permitem a redução nominal dos salários. Não se trata de reajustes abaixo da inflação, com perda real da renda, mas de negociações coletivas para evitar demissões. Levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicos (Fipe) revela que, desde março, pelo menos 15 acordos desse tipo já foram assinados no Brasil, a maioria com empresas ligadas à cadeia automotiva.

O Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, apurou que pelo menos 9 mil trabalhadores passaram a receber salários menores nos últimos meses, número que deve crescer, já que leva algum tempo até que os acordos sejam publicados pelo Ministério do Trabalho.

"O tema na mesa de negociação passa a ser muito mais emprego que salário. A opção é perder os anéis, mas manter os dedos", disse Hélio Zylberstajn, professor da Faculdade de Economia e Administração da USP e responsável pelo levantamento. Ele ressalta que, no atual cenário econômico, o poder de barganha dos empregados ante as empresas fica comprometido...

De Mário Braga, Estadão, A TARDE

IPCA-15 surpreende e tem maior alta para junho em quase 20 anos, de 0,99%




Pressionada pelos preços de alimentos e despesas pessoais, a prévia da inflação oficial brasileira acelerou ainda mais em junho, acima do esperado e a maior taxa para esses meses em quase duas décadas, deixando mais complicada a tarefa do Banco Central de manter sob controle as expectativas de alta de preços.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) registrou alta de 0,99 por cento neste mês, bem acima do avanço de 0,60 por cento visto no mês anterior e a maior para junho desde 1996 (quando foi de 1,11 por cento), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

Com isso, o indicador acumulou em 12 meses alta de 8,80 por cento, a maior desde dezembro de 2003, quando avançou 9,86 por cento.

Em pesquisa Reuters, pela mediana dos especialistas consultados, era esperada alta do IPCA-15 de 0,85 por cento na base mensal e de 8,65 por cento em 12 meses...

De Patrícia Duarte, REUTERS